Portugal inicia nesta sexta-feira, às 19h30, a segunda fase do Europeu de andebol, defrontando a Suécia, vice-campeã em título, em Malmo.

A tarefa que já não se antevia fácil por jogar diante de uma das maiores potências da modalidade, ainda é agravada pelo facto de o jogo se disputar na Suécia, num pavilhão com capacidade para 12.500 espectadores.

Isso mesmo foi comentado por Paulo Jorge Pereira, selecionador português, no encontro com os jornalistas, nesta quinta-feira.

«É curioso que vamos jogar contra a vice-campeã da Europa, na sua casa, imediatamente a seguir a termos jogado contra a [Noruega] vice-campeã do mundo na casa dela. Amanhã vão ser 12 mil. Digamos que vão estar 11.500 adeptos a puxar por eles e 500 bem espremidinhos a apoiar Portugal», começou por dizer, enaltecendo os aspetos positivos destas experiências.

«É assim que vamos crescendo. Vai ser um jogo de altíssima exigência e estamos tranquilos para fazer o nosso papel. Vamos jogar como até agora, sem qualquer constrangimento e quem fizer melhor as coisas vai ganhar», antecipa.

Atenção, porém. Apesar de reconhecer o claro favoritismo sueco, Paulo Jorge Pereira assegura que sempre que Portugal entrar em campo, haverá dúvida sobre quem vencerá.

«Quando nós jogarmos, nunca ninguém vai saber quem vai ganhar. O andebol não é um desporto tão linear quanto o futebol, em que uma equipa teoricamente muito mais fraca pode vencer outra que seja teoricamente muito mais forte. Aqui não é tanto assim, mas vamos fazer tudo para ganhar», sublinha.

Apesar disso, o selecionador empurra o favoritismo para o lado sueco.

«Vai ser um jogo de alta dificuldade, no qual não vamos ter qualquer tipo de obrigação. Eles é que estão a jogar em casa e têm a obrigação de ganhar. Isto são factos evidentes. Eles é que têm a obrigação de ganhar. Nós temos a de jogar de igual para igual. E depois quem jogar melhor, vai ganhar, resume.

Sobre o adversário, Paulo Jorge Pereira aponta a Noruega, equipa que derrotou Portugal na fase de grupos, como exemplo do que a seleção lusa poderá encontrar pela frente.

«Tem algumas parecenças com a forma de jogar da Noruega, na vertente de gostarem de correr para fazer golos fáceis. Têm um ataque fortíssimo e fazem 40 por cento dos golos em contra-ataque. Isso quer dizer que vamos ter de correr de forma excecional para trás», conclui.