Paulo Jorge Pereira, selecionador nacional de andebol, em declarações após o triunfo de Portugal sobre França, jogo que marcou o regresso luso a uma grande competição de seleções, depois de 14 anos de ausência. Apesar de afastar qualquer tipo de euforias devido a este triunfo, Paulo Jorge Pereira não perdeu a boa-disposição, nem quando foi apresentado na conferência de imprensa como Paulo… Fidalgo. O nome do treinador-adjunto.

«Vocês não sabem o nome do treinador que ganhou à França, mas não há problema.

Esta foi uma grande vitória de Portugal. Mas é uma vitória que não é coincidência, é trabalho. Quando lhes ganhámos a primeira vez podia ser coincidência, mas duas não é.

Fizemos três jogos contra a França e em pouco tempo e vencemos duas vezes. Fizemos um jogo excelente e os meus jogadores são fantásticos.

Mas agora não podemos adormecer porque a Bósnia é muito boa equipa e ainda vamos ter de jogar com a Noruega. Apenas começámos e é muito importante o jogo com a Bósnia. Porque a França também pode vencer a Noruega. Está tudo em aberto.»

[qual a chave do jogo?]

«A chave foi ter estes jogadores, que foram capazes de fazer uma interpretação do jogo que ajuda o treinador. Foi também o resultado do trabalho das últimas três semanas. E a trabalharmos com limitações, porque fizemos 15 treinos até agora e eu acho que ainda não tive o grupo todo nem uma única vez. Mas houve sempre coisas que fizeram acreditar que cada vez mais. Porque entre todos, ajudamo-nos e conseguimos chegar ao fim deste jogo com excelente condição física e acreditar que era possível vencer.»

[sobre a importância de ganhar a esta França novamente]

«Eu agradeço que não façam disto algo de excecional. Porque não é excecional. Nos últimos três jogos com a França ganhámos dois. A nossa realidade agora é esta. Foi uma vitória que foi ótima, mas se nos entusiasmarmos demasiado, corremos o risco de não vencer com a Bósnia. Vamos continuar a trabalhar normalmente e esperar vencer. Porque continua tudo em jogo. Nós não somos campeões de nada. Somos campeões de ganhar à França? Isso não é nada.»