O Maisfutebol assume-se como uma espécie de clube sensação do jornalismo. Começámos com um objetivo claro: chegar. Queríamos que nos lessem. Com o avançar do tempo e os sucessos conseguidos decidimos reformular as metas: não basta chegar, agora queremos chegar primeiro.

O título que demos a nós próprios de «clube sensação» não tem ponta de sobranceria. Acredite. Quer provas? Decidimos abrir um pouco dos bastidores do jornal e contar-lhe neste aniversário as grandes gafes, azares e erros que marcam a nossa carreira como jornalistas ao serviço do Maisfutebol.

Por culpa própria ou infortúnio. Pela pressa de chegar primeiro, pelo esforço em informar bem ou, simplesmente, porque aconteceu.

É que se há azares onde sentimos, mal acontecem, que podíamos ter dado mais ainda, há outros que fogem totalmente do nosso controlo. Que poderia fazer o Vítor Hugo Alvarenga na Suíça quando o computador avariou no primeiro dia do Euro 2008? Ou quando um atraso no comboio o levou a ficar perdido... no Liechtenstein. E ainda usou toda a sua capacidade de improvisação para cravar uma boleia ao único habitante do principado que conhecia: Peter Jehle. Não resultou, mas não custa tentar.

Tentar é, de facto, palavra obrigatória no Maisfutebol. O Luís Mateus tentou até à exaustão ouvir pelo telefone Cardozo a dar o sim ao Benfica. O Tacuara queria mesmo dar-lhe a notícia, mas não estava fácil escutar.

O Pedro Jorge da Cunha também tentou aguentar um P. Ferreira-Benfica, numa Mata Real à pinha, a braços com uma intoxicação alimentar. Não resultou. O João Tiago Figueiredo tentou falar com o empresário do Belluschi sem ver que horas eram na Argentina. Eram 6h30 da manhã e do outro lado não acharam grande piada.

Depois de tentar, informar. E, como dissemos, tentar informar primeiro. O Luís Pedro Ferreira, numa conferência de Quique Flores no Benfica, onde se discutia a titularidade na baliza entre Quim e Moreira, garantiu ter ouvido: «Quim será titular. Quem decide sou eu». Partilhou a informação com os editores e a peça entrou logo no jornal. Afinal fora um pouco diferente. « Quien será titular quem decide sou eu», dissera, afinal, o treinador do Benfica.

Para informar convém também chegar ao local. Não é tão fácil como parece. O Nuno Travassos no caminho para um treino do Beira-Mar em Vila Franca de Xira bateu na traseira de outro carro. Como no treino não esperariam por ele, preencheu rapidamente a declaração amigável para se despachar e chegar a tempo. Chegou. E atrás dele chegou o condutor do outro carro. O croquis estava mal desenhado.

Chegar a tempo é importante. Mas pode ser um desafio. Que o digam o Sérgio Pereira e o Pedro Jorge da Cunha quando chegaram ao Portugal-Albânia já com 5 minutos de jogo. E o chefe Luís Sobral na bancada de imprensa. Culpa deles? Nem pensar. O trânsito em Braga é que não ajudou.

Mas antes de fazer o caminho, é preciso arrancar. A Sara Marques teve vida difícil quando perdeu as chaves do carro duas horas antes de um jogo em Moreira de Cónegos. Safou-a o antigo proprietário e ainda foi a tempo do jogo. A chave? Andou três dias a passear com ela no forro da mala.

E para concluir este capítulo das deslocações, depois de arrancar e fazer o caminho, convém chegar. E, de preferência, ao sítio certo. Para o Vítor Hugo Alvarenga, na última vez que foi a Arouca... o jogo era em Santa Maria da Feira.

Continua