[declarações publicadas originalmente a 13 de janeiro de 2012]

No dia em que o Maisfutebol cumpre 13 anos de vida, revisitamos dois dos futebolistas mais ligados a este número. Para alguns, é o terror espelhado em dois algarismos. Janelas corridas, atos de contrição apressados, preces desesperadas.

Para outros, um símbolo como outro qualquer. O que representa, afinal, o 13 no mundo do futebol? Há uma carga mística associada que lhe é associada. Azar, azar, azar. Será mesmo?

Juary, a eterna arma secreta do F.C. Porto, e Mário Zagallo, veneram o número. Para eles é sinónimo de proteção, devoção, fé. O primeiro estabeleceu uma relação de genuína cumplicidade com o 13 no Estádio das Antas. Era um suplente de ouro.

«Adoro o 13, seja a uma sexta-feira ou a um sábado», diz o atual treinador do Sestri Levante ao Maisfutebol. «Antes de chegar ao Porto não gostava, admito. Mas da primeira vez que fui ao banco, vesti essa camisola, entrei e marquei. Tenho uma saudade enorme do 13. Fiz dois golos ao Barcelona e, claro, na final de Viena. Sempre com o 13 estampado nas costas.»

Para Juary, o número era «um escudo de proteção» e «impingia medo aos adversários».

Mário Zagallo vai um pouco mais longe. Aos 80 anos, o Velho Lobo ainda é o expoente máximo da relação profícua com o 13.

«Casei-me com a minha esposa a 13 de Janeiro, moro no 13º andar e em todos os clubes pedi a camisola 13», conta, muito lúcido, ao nosso jornal. «Não sou supersticioso, mas a minha mulher era muito devota de Santo António, que é celebrado a 13 de Junho. A partir daí envolvi-me emocionalmente com o número, mais por fé no santo do que por superstição.»

«Tenho quatro filhos, seis netos e três bisnetos. Sabe quanto isso dá? 13!»

13 anos de Maisfutebol, Juary e Zagallo de 13 nas costas. Para sempre.

Juary: o golo em Viena com a 13



Mário Zagallo: bicampeão do mundo com o número 13: