Já sem hipóteses de chegar à final-four da Taça da Liga, o FC Porto recebeu e venceu o Rio Ave (1-0), que teria de ganhar e marcar pelo menos três golos no Dragão para seguir em frente. Pepê saltou do banco e desfez o nulo no marcador, numa noite marcada pelos testes aos jovens da equipa B e pela rotação para dar minutos aos menos utilizados.

Luís Freire tinha admitido que as «baterias» estavam apontadas ao campeonato e Sérgio Conceição também assumiu que já estava «a pensar em Vizela». Mas havia um jogo a disputar e que, embora não fosse para cumprir calendário, pareceu-se bastante com isso.

Bancadas despidas, revoluções nos onzes iniciais e pouca fluidez de jogo. Os placares publicitários da Taça da Liga e o frio de dezembro eram as diferenças entre a partida desta noite e um particular de pré-época, no verão.

Conceição prometeu e cumpriu. O FC Porto apresentou-se com um onze totalmente renovado e até houve espaço para três estreias. Cláudio Ramos defendeu as redes azuis e brancas pela primeira vez, enquanto João Marcelo e Zé Pedro formaram dupla no eixo defensivo, mas desta vez na equipa principal. Aos restantes, o técnico dos dragões deu a oportunidade para lhe mostrarem nos 90 minutos de um jogo que mereciam muitos mais nos próximos testes.

O técnico vilacondense também protagonizou uma autêntica revolução na equipa inicial e só Zé Manuel voltou a alinhar de início, face à derrota com o Mafra. O 3-4-3 em que a equipa se apresentou tinha como objetivo parar o talento ofensivo dos dragões.

Em noite de teste para alguns jovens da equipa B e para os menos utilizados do plantel principal, foram os mais velhos a procurar o caminho do golo. Sérgio Oliveira e Corona ameaçaram o alvo, mas sem sucesso. O mexicano, aliás, foi sempre o mais irrequieto e por pouco não conseguiu marcar.

O ritmo era baixo e falta de rotinas notava-se. Do outro lado, os vilacondenses também só vislumbraram a baliza adversária em um par de saídas rápidas, mas sem assustar o guardião portista.

Após o apito para o segundo tempo, a postura dos dragões era outra. Apesar do castigo do professor – substituído no relvado por Vítor Bruno – a palestra ao intervalo surtiu efeito. Os azuis e brancos mostraram vontade em deixar uma boa imagem no último jogo na Taça da Liga, algo que Toni Martínez não conseguiu, após ter desperdiçado uma oportunidade clara no frente a frente com Léo.

O agitador Corona saiu após uma hora de jogo, mas entrou outro. O ‘dragãozinho’ Gonçalo Borges mostrou bons pormenores técnicos na noite de estreia, que também o foi para Bernardo Folha e João Mendes. Os ‘repetentes’ Loader e Pepê também tiveram mais uma oportunidade para ganhar minutos.

Cláudio Ramos viria a mostrar que quem sabe não esquece. No Dragão desde 2020 e sem jogos na equipa principal, o internacional português negou o golo a Nuno Namora com a defesa da noite.

Na sequência do lance, Gonçalo Borges investiu pela direita e cruzou para o interior da grande área, onde apareceu Pepê a aproveitar a defesa incompleta de Léo. O brasileiro colocou a bola no fundo das redes e resolveu o problema deste teste: marcar golo.

Os ‘dragõezinhos’ passaram o teste, mas precisam de estudar mais para ir a exame.