«Honestamente, temos muitos problemas. Temos de falar sobre várias coisas, mas, para isso, precisamos de alguém que dê o primeiro passo, de jogadores como Vieira e Makelele que possam liderar o grupo. E se eles não estão, alguém tem de fazê-lo», defende Malouda, nesta segunda-feira, em entrevista ao Guardian.
Aos 29 anos, que serão 30 dois dias antes da estreia frente ao Uruguai, Malouda não tem medo de dizer o que pensa. Fê-lo no início da qualificação, foi excluído e só ao fim de dois anos de grandes exibições no Chelsea recuperou o lugar no onze da França.
«Disse que se não conseguíssemos o apuramento seria pelos problemas que havia na equipa. Falei da equipa técnica, assumi a minha responsabilidade e sofri as consequências. E voltaria a fazê-lo. Mas preciso de apoio de mais pessoas que digam o que pensam», contou.
Malouda dá o exemplo do Mundial 2006, quando a França perdeu a final para a Itália. Então, Zidane e Thuram regressaram à selecção como a cura para todos os males. «Quando voltaram, carregaram todo o peso nos seus ombros. Foram verdadeiros líderes e nós só tivemos de segui-los. Quando Zidane chegou havia uma estranha atmosfera, como se Deus tivesse descido à terra. No momento em que ele voltou, a confiança deu uma volta de 180º e passámos a sentir-nos os melhores do mundo», lembrou o esquerdino.
A França vai disputar o Grupo A com Uruguai, México e África do Sul.
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