Uma boa notícia para o F.C. Porto: se não está em crise, o Manchester United anda lá perto. Depois da derrota caseira com o Liverpool, a formação de Alex Ferguson saiu derrotada da deslocação a Londres, para defrontar o Fulham (0-2). Ronaldo foi titular, esteve discreto na primeira parte e ameaçador na segunda, Nani não foi convocado.

Para já a formação de Alex Ferguson mantém a liderança. Mesmo que o Liverpool vença este domingo o Aston Villa, fica com um ponto de vantagem e um jogo a menos. Duas derrotas consecutivas, porém, são um sinal de alarme: a equipa sofreu o sexto golo em dois jogos, anda nervosa e terminou o jogo com nove jogadores.
A primeira parte terá sido muito provavelmente a pior metade da época. Os Red Devils chegaram ao intervalo a perder por 1-0, mas podiam estar a ser goleados. Tudo se precipitou aos 17 minutos, quando Paul Scholes parou com as mãos um cabeceamento de Zamora que ia dar golo. O médio foi expulso e Murphy converteu o penalty.
A partir daí só deu Fulham. A formação londrina dominou como quis e criou várias ocasiões de golo. Foi valendo ao Manchester a competência de Van der Saar: parou remates de Zamora (22 e 24 minutos) e de Davies (27 minutos) que levavam selo de golo. O mesmo Bobby Zamora ficou perto de marcar outra vez, mas atirou ao lado.
Já o Manchester United não criou uma, nem sequer uma, ocasião de golo. Uma primeira parte completamente desinspirada, em que nada saiu bem à equipa. Para a segunda parte, Alex Ferguson fez entrar Rooney para a frente de ataque, jogando no lugar do inconsequente Berbatov e a equipa melhorou a olhos vistos. Nessa altura foi melhor.
Mais Ronaldo, mais Manchester, mas ainda pouco
Apareceu então em campo Ronaldo, ele que na primeira parte só se vira para discutir com o árbitro (a maior parte das vezes justamente, até porque trazia a marca da dureza dos adversários nas pernas). O Manchester instalou-se no meio-campo adversário e criou várias ocasiões de golo. Ronaldo ficou quatro vezes perto de marcar, por exemplo.
Foi valendo ao Fulham a tarde inspirada de Schwarzer. O guarda-redes defendeu tudo o que havia para defender. Até o que parecia impossível. Aos 64 minutos, por exemplo, Ronaldo rompeu pela esquerda e cruzou par Park, que a dois metros da baliza permitiu que Schwarzer parasse o desvio e detivesse a seguir por instinto a recarga de Rooney.
Os minutos correram e com isso o Fulham ganhou forças para defender a vantagem. Até que aos 87 minutos Zoltan Gera marcou o segundo do Fulham e arrumou o jogo. Nessa altura veio ao de cima o nervosismo do Manchester, Rooney foi expulso e saiu de aos pontapés à bandeirola de canto. O jogo terminou com «olés» dos adeptos do Fulham.
Confira a ficha de jogo:
FULHAM: Schwarzer, Pantsil, Hughes, Hangeland e Konchesky; Dempsey (Gera, 82m), Murphy (Dacourt, 68m), Etuhu e Davies; Johnson e Zamora (Kamara, 77m).
Suplentes: Zuberbuhler, Nevland, Stoor e Kallio.
MAN. UTD: Van der Sar; OShea (Teves, 70m), Evans, Ferdinand e Evra; Ronaldo, Fletcher, Scholes e Park; Giggs e Berbatov (Rooney, 46m).
Suplentes: Foster, Neville, Anderson, Carrick e Fabio Da Silva.
Golos: Danny Murphy (18m) e Zoltan Gera (87m).