Pep Guardiola regressou a Kharkiv para alcançar uma vitória fácil sobre o Shakthar Donetsk de Luís Castro (3-0), num jogo que começou apenas com um português em campo: o árbitro Artur Soares Dias. O campeão inglês dominou o jogo e até podia ter conseguido uma vantagem mais folgada. No outro jogo deste grupo, o Dínamo Zagreb trucidou os italianos da Atalanta (4-0) com um hat-trick de Orsic.

Pep Guardiola deixou os portugueses João Cancelo e Bernardo Silva no banco para apostar em Kyle Walker, na defesa do flanco direito, e em Mahrez, no apoio a Gabriel Jesus, esta noite a assumir o lugar de Kun Aguero. Com um meio-campo com De Bruyne, Rodri e Guendogan, o City assumiu desde logo a condução do jogo, obrigando a equipa de Luís Castro a recuar em toda a linha.

Com 35 mil adeptos nas bancadas, o Shakhtar, habituado a mandar na liga ucraniana, teve de se adaptar a este papel mais submisso, mas sem deixar de espreitar as transições rápidas, com Taison e Marlos sempre preparados para disparar.

A equipa ucraniana defendia com duas linhas bem próximas, com Ismaily, antigo jogador do Sp. Braga, solto, entrelinhas, a limpar as bolas perdidas. O brasileiro esteve em particular destaque neste papel, não se limitando aos simples alívios, mas procurando solicitar os companheiros sobre as alas para as tais saídas rápidas.

Numa delas, Marlos rematou cruzado da direita e a bola não passou muito longe do segundo poste. Mas era mesmo o City que mandava no jogo, sempre com uma pressão intensa sobre o meio-campo do Shakhtar e, aos 24 minutos, acabou por chegar ao golo. Gabriel Jesus abriu para Guendogan que, à entrada da área, atirou colocado, mas ao ferro. Mahrez foi o primeiro reagir e, na recarga, atirou a contar, com a defesa ucraniana, a ficar estática, a pedir fora do jogo do argelino. A verdade é que não estava e Artur Soares Dias validou mesmo o golo.

O Shakthar tentou abrir o jogo e Taison, depois de uma maldade a Rodri, fez uma grande assistência para Junior Morais que, já no interior da área, com tudo para marcar, foi surpreendido pela defesa de Ederson que adivinhou a direção da bola do compatriota naturalizado ucraniano.

Mas o City era claramente mais forte e, aos 38 minutos, num lance repleto de tabelinhas e combinações, ao primeiro poste, Gabriel Jesus voltou a servir Guendogan que, desta vez, atirou a contar. Um golo que resulta do trabalho coletivo de toda a equipa e que vale a pena rever.

O Shakthar procurou reagir, mas cada vez que deixava espaços nas costas, o City ameaçava novo golo, com destaque para um grande passe de Gabriel Jesus a destacar De Bruyne que atirou ao lado. A fechar a primeira parte, mais um remate de Sterling a rasar o poste.

A segunda parte foi bem distinta. O City abdicou da cindução do jogo, para apostar tudo no erro do Shakhtar e quase tirou dividendos disso mesmo quando Krystov ofereceu uma bola a Guendogan que disparou mais uma bomba. Pyatov defendeu e, na recarga, Sterling acertou no poste e deixou a baliza a tremer. Um lance que se repetiu várias vezes até ao final do jogo: o Shakhtar esboçava um ataque, o City respondia com uma oportunidade clara.

De Bruyne, em grande evidência na segunda parte, chegou a marcar mais um golo, invalidado por fora de jogo, mas seria Gabriel Jesus, depois de já ter estado nos dois primeiros golos, a assinar o terceiro na conclusão de um rápido contra-ataque.

Logo a seguir, Bernardo Silva rendeu o desgastado De Bruyne e, a dez minutos do final, João Cancelo também foi chamado ao jogo para o lugar de Walker. O City parte na frente, mas houve quem tivesse feito mehor neste grupo.

Dínamo Zagreb atropelou Atalanta com hat-trick de Orsic

Entretanto, no outro jogo deste grupo, também sem portugueses [Ivo pinto não foi convocado], o Dínamo Zagreb atropelou os italianos da Atalanta, no Estádio Maksimir, com três golos até ao intervalo.

O campeão croata impôs a sua lei e adiantou-se no marcador aos 10 minutos, com Marin Leovac a finalizar e a ir festejar com um bombeiro atrás da baliza. A Atalanta procurou equilibrar-se, mas nunca se adaptou ao forte ritmo imposto pelos croatas e Mislav Orsic, o olho do furacão croata, marcou mais dois golos (31 e 42m).

Na segunda parte, o Dínamo levantou o pé, geriu a vantagem e Orsic acabou por completar o seu hat-trick, aos 68 minutos.