Uma ativista do grupo Femen, organização feminista criada na Ucrânia conhecida por fazer protestos sem roupa, foi esta sexta-feira atropelada durante um protesto no Brasil junto ao estádio do Maracanã. Em causa está a demolição do antigo museu do índio por causa das obras do Mundial-2014.

A polémica sobre o destino do espaço começou em outubro de 2012, quando o governo anunciou mudanças na zona do Maracanã, para que o estádio pudesse receber a Toça das Confederações, em 2013, o Mundial em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016.

As obras implicam que alguns prédios à volta do estádio sejam ser demolidos, entre eles o casarão do antigo Museu do Índio, que funcionou no local de 1910 até 1978. O edifício está desativado há 34 anos, mas um grupo de indígenas ocupa o prédio desde 2006 está agora em protesto contra a demolição.

Durante a manifestação desta manhã, a ativista da Femen, despiu a camisola e começou a correr na avenida ao lado o estádio a gritar: «Assassinos, assassinos». Foi atingida por um carro, mas continuou a protestar até ser detida.