Tahar El-Khalej, um nome bem conhecido nas hostes encarnadas, representou o Benfica entre 1996 e 2000, período durante o qual o clube da Luz não conquistou qualquer título. Agora, à distância, regressado a Marrocos depois de ter abandonado a carreira de jogador, rejubila com o sucesso encarnado, definindo o jovem Manuel Fernades como «o coração do Benfica». «Dei tudo pelo Benfica, joguei com amor à camisola e vejo essas mesmas características em Manuel Fernandes», explica.
Tahar, actualmente com 37 anos, é o presidente do Kawkab Marraquexe, clube da II Divisão que começou esta segunda-feira a ser treinado pelo português Manuel Balela, mas aproveita todas as oportunidades para rumar ao Estádio da Luz e ver o «seu» Benfica.
«Tenho muitas saudades daquele clube, tenho lá muitos amigos e vou uma vez por mês a Portugal para ver o Benfica no Estádio da Luz. Fiquei muito contente por termos sido campeões e este ano podemos ser outra vez, porque a equipa é mais forte que no ano passado», afirma.
Qualquer semelhança entre o Benfica do tempo de Tahar e o actual é pura coincidência, considera o ex-jogador: «Estive cinco anos e meio no Benfica, não ganhei nada, tive sete ou oito treinadores e vi passar por lá não sei quantos jogadores. Havia muitos problemas, pouca união entre os jogadores, mas agora está diferente, compram poucos jogadores mas bons. De qualquer forma, fui contestado ao início, mas penso que deixei uma boa imagem no Benfica, e só saí porque queria experimentar outros campeonatos, no caso o inglês, e assinei pelo Southampton».
Tahar El-Khalej quer continuar ligado ao Benfica, como ex-jogador, adepto ou quem sabe algo mais, porque o próximo passo será uma reunião com José Veiga para debater a possibilidade de celebração de um protocolo de cooperação entre o Kawkab e o clube encarnado. «Vou marcar uma reunião com José Veiga e a administração do Benfica para falar dessa possibilidade. Seria interessante para todas as partes», refere, na conversa com o Maisfutebol.