Por Humberto Dias

Um jogo que tem um enquadramento diferente em virtude da rivalidade existente entre as equipas. É assim que Manuel Machado, treinador do Nacional, define o embate deste domingo ante o rival Marítimo, cujo objetivo não se altera, já que a expectativa do técnico é sempre conseguir chegar à vitória.

«A expectativa em termos desportivos e no que diz respeito ao campeonato é evidente que é absolutamente a mesma que se tem jogando com qualquer outro adversário, com o pensamento nos três pontos», começou por referir o técnico, recusando a ideia de que o Marítimo possa ser favorito à vitória: «Não há favoritos. Os dois extremos da tabela classificativa em confronto demonstra aquilo que, de forma recorrente, tenho aqui afirmado. Este campeonato tem uma palavra que é chave, que é equilíbrio. Diria que o Nacional chega melhor ao dérbi do que o Marítimo na medida em que tem mais três pontos e tem uma posição na tabela bem melhor do que a do Marítimo, ou um pouco melhor do que o Marítimo, que pode ser diluída com um resultado negativo no próximo confronto. A questão dos resultados imediatamente atrás, de facto dão um Marítimo um melhor suporte, mas isso é cíclico», atirou.

Para Manuel Machado, «os resultados imediatos têm o significado que têm, e, aquilo que podem traduzir em termos de confiança e de moral para os jogos têm alguma importância, mas, muito mais do que isso, é pegar no todo». «No cômputo dos jogos, quem chega melhor é sem dúvida o Nacional», resumiu.

No entanto, Manuel Machado não espera facilidades neste embate, pois, no seu entender, «o Marítimo é uma boa equipa». «Já teve momentos bons, momentos menos bons, vem de dois resultados positivos, e tem de fato um conjunto de argumentos muito interessantes. Tem matéria prima para construir uma equipa muito competitiva para chegar ao final em condições para fazer aquele sprint para chegar a uma classificação europeia», disse ainda.

Já sobre o Nacional, Manuel Machado entende que progrediu desde a sua chegada ao comando técnico da equipa: «Tem uma filosofia em termos aquisitivos que apontam para jogadores jovens, que não estão acabados, que estão num processo de progressão, que têm uma fatura para pagar, que tem custos de alguma maneira de domingo a domingo, por falta de experiência, mas é um Nacional mais saudável do que aquele que encontrei quando cá cheguei», começou por referir. «É um Nacional competitivo, que tem vindo a fazer este primeiro terço da prova no primeiro terço da tabela, flutuando entre posições e, nesse contexto, o que eu espero é ter capacidade para ter o grupo coeso para continuar a trabalhar muito, para chegar à ponta final da prova dentro desse patamar classificativo», acrescentou.

Por fim, Manuel Machado põe alguma água na fervura no que à rivalidade diz respeito, salientando que o mais importante é terminar o jogo com o sentimento de missão cumprida: «Será uma satisfação para nós, num dia que é especial para o clube, podermos sentir-nos bem connosco por ter cumprido a nossa missão e não estou a falar em termos de resultado. Mas, com uma vitória será sempre melhor», finalizou.