O presidente da mesa da assembleia-geral do Benfica, Manuel Vilarinho, assume que a demissão em bloco dos corpos sociais do clube, que motivou a convocação de eleições antecipadas, «foi uma estratégia» do presidente Luís Filipe Vieira.
Convidado do programa «Prolongamento», da TVI24, Vilarinho nega, contudo, que a ideia seja afastar da luta eleitoral uma hipotética oposição. «Vieira contra Veiga era 9-1», diz o dirigente, a propósito de uma alegada estratégia para afastar do acto eleitoral o antigo director desportivo do clube, de quem diz que «não tem carisma».
O presidente da mesa da assembleia-geral do Benfica lembra mesmo que alargou o prazo de entrega de candidaturas em quinze dias, até 22 de Junho. As eleições ficam agora marcadas para 3 de Julho, mas Vilarinho acredita que «não vai aparecer ninguém». «Sabem que aquilo é duro. Mas é fácil falar também, e na altura aparece sempre alguém», remenda.
O antigo presidente do Benfica criticou ainda aqueles que contestam o facto de trabalharem no clube elementos afectos a outros emblemas, e deu até o exemplo de Domingos Soares Oliveira, administrador executivo da SAD. «Eu prefiro trabalhar com profissionais competentes», começou por dizer. «Estou farto da história do benfiquista. Benfiquista sou eu, e mais dez ou vinte», remata.
Vilarinho anunciou ainda que a Assembleia-Geral que estava marcada para o próximo dia 15 de Junho, e na qual ia ser discutido o orçamento, foi adiada, devido à demissão dos corpos sociais.