Luís Soares não irá esquecer tão cedo o dia 30 de Maio de 2009. Depois da euforia pela subida à II divisão com a camisola do Marinhense, o medo. Os festejos do plantel da equipa da Marinha Grande entraram pela madrugada e, por volta da uma da manhã, o guarda-redes foi esfaqueado à porta de um bar da cidade.
O presidente do Marinhense, Hélder Fernandes, explicou ao Maisfutebol como tudo aconteceu. «Começámos a festejar na nossa sede e depois a maioria dos jogadores foi até a um bar no centro da Marinha Grande. Quando estavam já a dispersar, passou um grupo de quatro/cinco pessoas, no qual estavam duas raparigas. Alguns jogadores mandaram uns piropos e um rapaz que estava com as moças não gostou. Pegou logo num paralelo e as coisas azedaram.»
O pior estava para vir. «Os nossos jogadores acalmaram as coisas, mas o indivíduo, que não teria mais de 19 anos, foi a outro bar. Um lugar de frequência duvidosa. Quando saiu, trazia uma faca e a companhia de uma dúzia de rapazes, entre portugueses, brasileiros e africanos. Abordou novamente o nosso grupo, o Luís tentou separar e de repente caiu ao chão, aos gritos. Tinha sido esfaqueado.»
O relato arrepia, mas o guarda-redes do Marinhense acabou por ter alguma sorte. «A facada não apanhou nenhum órgão vital. Quando cheguei perto dele estava cheio de sangue, na zona do abdómen. Foi levado para o hospital e encontra-se estável.»
Suspeito «identificado» pela PSP
Luís Soares esteve no Hospital de Santo André, em Leiria, mas teve de ser transferido para Coimbra, onde ainda se encontra. Se tudo correr bem, o atleta poderá ter alta ainda durante o dia de amanhã.
Resta referir que, tal como confirmou ao nosso jornal o oficial de dia da PSP, o alegdo agressor foi «identificado» e o caso continuará a ser investigado nos próximos dias.