O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Mário Figueiredo, disse desconhecer o pedido para a realização de uma Assembleia-Geral (AG) extraordinária, em declarações à margem da AG da Federação Portuguesa de Futebol.

«Desconheço. Ainda não tive a oportunidade de analisar esse pedido. A única coisa que tenho a comentar é que faz hoje um ano e meio que fui eleito para a Liga e uma das grandes ideias da minha candidatura é aumentar as receitas dos clubes», começou por dizer Mário Figueiredo, respondendo a uma questão dos jornalistas sobre se tinha conhecimento do pedido para a AG, na qual, alegadamente, alguns clubes poderão pedir a demissão do líder da Liga.

O dirigente procurou historiar os passos dados pela sua equipa na tentativa de «defender» os seus clubes filiados.

«Fez dia 15 de outubro um ano que apresentámos uma denúncia, uma queixa, na Autoridada para a Concorrência contra o facto de os clubes andarem a ser expoliados de uma quantia que é deles. Para fazerem uma ideia, entre 2006 e 2011 saiu uma quantia na ordem dos 150 milhões de euros, que deveriam ser receita dos clubes», sublinhou.

Mário Figueiredo realçou que a sua equipa se mantém determinada «na pressecução dessa finalidade, que é desmontar a existência de um monopólio, de um abuso de posição dominante, que vise aumentar as receitas dos clubes».

«É isso que temos feito. Ao que parece isso tem incomodado muita gente, mas nós vamos mantendo-nos fiéis às ideias centrais do nosso mandato. Os processos estão a andar e estamos convencidos de que temos razão neste nosso desiderato», acrescentou.