Mário Figueiredo, presidente da Liga, não considera que o alargamento aprovado nesta segunda-feira, e a não existência de descidas de escalão em nada põem em causa a integridade dos campeonatos:

«Quem luta pelo 10º, 11º ou 12º lugar, nessa perspetiva, não luta para nada? Não faz sentido dizer isso, porque nesta altura já existe um conjunto de clubes que não estão a discutir nada. É uma teoria da cabala. Não acredito que os clubes, por não descerem, vão deixar de lutar. Dou um exemplo: as Ligas norte-americanas são fechadas, não desce ninguém e ninguém gosta de ficar em último», justificou-se, no final da longa Assembleia Geral que aprovou a passagem dos campeonatos profissionais de 16 para 18 equipas.

Ainda segundo o presidente da Liga, a contestação de alguns clubes, com Sporting e Nacional à cabeça, não tem razão de ser e contradiz posições públicas anteriores: «Estamos a empolar o que é, materialmente, este alargamento. Acho estranho que alguns clubes digam agora que estamos a mudar as regras a meio, quando, há três meses, esses clubes aprovaram um alargamento mais substancial, na II Liga. Aí, o número de jogos quase vai duplicar. Desde essa altura há uma equipa a competir na II Divisão (N.R.: Marítimo B) que sabe que vai estar na II Liga e não ouvi ninguém dizer que poderia andar a vender os resultados», acrescentou.

A concluir, Mário Figueiredo defendeu uma ideia forte: «É menos impactante o alargamento da Liga do que o decidido na Liga de Honra. As principais Ligas europeias, e falo em termos competitivos, e não de poder económico, têm 20 equipas e a nossa II Liga terá 22. A indústria do futebol, em Portugal, tem crescido de ano para ano e a Liga portuguesa é a 5ª industria mundial que mais dinheiro gera em exportações», concluiu.