O Marítimo venceu mas não convenceu. Lutou, é verdade, e até teve a sorte do seu lado, mas continua a demonstrar que joga sobre brasas. O Beira Mar, que não marcava golos e é a das piores defesas da Liga, deixou uma boa imagem no «caldeirão», mesmo jogando sem Jardel. Os aveirenses só não travaram a seta africana chamada Mbesuma e a nau foi ao fundo. Wegno ainda colocou a equipa a sonhar, mas Diakité não conseguiu melhor do que acertar na barra já em tempo de descontos. Foi mais um «balão de oxigénio» para a turma de Ulisses Morais.
Ulisses Morais apostou tudo neste regresso aos Barreiros. Pela primeira vez esta temporada, o técnico do Marítimo colocou dois ponta-de-lanças juntos: Mbesuma e Lipatin. Mas a intranquilidade continua evidente na formação verde-rubra. E faltam extremos para desiquilibrar. Filipe Oliveira foi infeliz nesta estreia como titular, durante a primeira parte e no segundo tempo passou para lateral esquerdo.
Sem Jardel, Augusto Inácio montou uma estratégia diferente. E quase que conseguia um bom resultado. Não contava é que a sua equipa fosse tão perdulária durantes os primeiros 45 minutos. Jorge Leitão podia e deveria ter feito mais aos 18, 32, 33 e 42 minutos. Mas Marcos também demonstrou que é um dos melhores da Liga na baliza.
Recomeço forte
Ao intervalo o treinado dos madeirenses mexeu na sua equipa, fazendo entrar Neca e Olberdan. E ganhou esta aposta. O recomeço dos locais foi forte e um bom trabalho de Mbesuma abriu o activo aos 58 minutos. Mas inexplicavelmente, o Marítimo recuou e o Beira-Mar partiu à procura do empate. Duas falhas de Gregory , quase deram golo, mas a pontaria de Wegno não foi a melhor. E contra a corrente do jogo, num lance de contra-ataque, com boa assistência de Mbesuma, Zé Gomes fez o 2-0, descansando os adeptos madeirenses.
Só que, Wegno que já tinha ameaçado e mostrado que é bom de bola, marcou aos 85, relançando a partida. Já em tempo de descontos, Diakité ganhou um ressalto e disparou forte, mas acertou em cheio na barra da baliza de Marcos que se limitou a seguir a trajectória da bola. O empate seria talvez o resultado mais justo, face ao labor dos aveirenses que nunca baixaram os braços.