No dia em que Alberto João jardim voltou aos Barreiros, cumpriu-se a tradição: o Marítimo não ganha com o presidente dos madeirenses no estádio. E tudo se começou a desenhar cedo, pois Marcos foi expulso aos 17 minutos. Dai em diante, os verde-rubros não mais se encontraram. O Benfica venceu e convenceu numa noite em que os lisboetas esperavam certamente por mais dificuldades. Treminou a invencibilidade dos maritimistas que não perdiam desde a 2ª jornada. Nuno Gomes, Aimar e Luisão voltaram e com eles uma goleada das antigas. E logo frente a uma equipa que só tinha sofrido cinco golos até ao momento.
Lori Sandri surpreendeu ao colocar Manú no lugar de Baba, pretendendo dificultar as marcações do Benfica, nomeadamente, as marcações dos centrais da turma lisboeta. Quique Flores já contou com Aimar e apostou em Binya para ser companheiro de Katsouranis no meio campo em missões mais defensivas.
Embora em sistemas iguais, 4x4x2, as disposições em termos de relvado eram distintas.
Os minutos iniciais prometeram, pois as equipas surgiram dispostas a dar espectáculo ao muito público que quase encheu os Barreiros. Depois de perder uma bola num mau cruzamento de Manú, o Marítimo esteve perto de sofrer um golo logo aos seis minutos, pois Reyes fintou tudo e todos em velocidade e destacou Suazo. Marcos saiu da baliza mas também foi batido pelo hondurenho que permitiu o corte de carrinho de Van Der Linden. Os encarnados estavam confiantes e após um bom passe de Suazo, Ruben Amorim rematou forte mas Marcos voou e desviou para canto.
Marcos expulso e grande penalidade
O momento do jogo aconteceu aos 17 minutos: Suazo voltou a isolar-se e Marcos saiu aos seus pés derrubando-o. Artur Soares Dias assinalou grande penalidade e expulsou o guarda-redes maritimista. Já com Grassi na baliza, Reyes marcou o penalti com a bola ainda a bater no poste antes de entrar. O Benfica fica em vantagem no marcador e em termos numéricos.
Os pupilos de Sandri tentaram reagir e, aos 28 minutos, Miguelito bate Sidnei em velocidade e cruzou rasteiro com Luisão a ceder canto, com Djalma por perto.
Na resposta, Aimar, após boa combinação com Reyes, causou um grande calafrio ao atirar às malhas laterais. A toada da partida estava animada e Marcinho assustou Moreira com um remate forte mas a bola saiu rente ao poste.
Suazo tranquiliza
Os pupilos de Quique continuavam a dominar e, ao minuto 42, após um canto de Reyes, Katsouranis surge ao primeiro poste a desviar de cabeça e Suazo aparece a finalizar também de cabeça. Os locais acusaram muito este golo e o facto de estarem a jogar com menos um jogador. E ao som de «ninguém pára o Benfica, ninguém pára o Benfica», pelos adeptos encarnados, chegou-se ao intervalo.
Luisão carimba vitória
Lori Sandri demorou a mexer na equipa e o Benfica foii controlando, não permitindo qualquer reacção aos madeirenses. E quando mexeu, mexeu mal. Para desespero seu, no momento em que retirou Bruno, aos 65 minutos, sofreu o 0-3 por Luisão. Ponto final, numa possível reacção que, pelo que se estava a observar, nunca iria acontecer.
E com Suazo a bater mais uma vez em velocidade Fernando Cardozo, após passe de Reyes, Grassi evitou o pior ao defender aos 69 minutos o remate de Suazo.
Até ao final, a partida desceu de intensidade e os homens de Quique Flores foram gerindo a vantagem. Yebda ainda atirou ao poste de cabeça aos 80 minutos após um canto apontado por Reyes. Marcinho teve nos pés o golo de honra, mas rematou contra Moreira. E como já diz o ditado, quem não marca sofre, neste caso por duas vezes: primeiro Suazo e o recém-entrado Nuno Gomes também fez gosto ao pé. Um castigo demasiado pesado para os locais.