Um Marítimo de serviços mínimos a pensar mais no jogo da próxima quinta-feira a contar para a Liga Europa ante o Bordéus, foi suficiente para levar de vencida a aguerrida formação da AD Oliveirense.
Aproveitando o desnível teórico de ambas as equipas, Pedro Martins optou por fazer muitas mexidas no onze inicial, o que acabou por desvirtuar o jogo da formação insular.
Sem nada a perder, a equipa de Santa Maria de Oliveira entrou disposta a bater o pé ao conjunto insular e foi quase sempre pelo seu lado direito, mediante as investidas de Cadete, que foi causando alguns calafrios à defensiva verde-rubra.
Recorde como vivemos o jogo ao minuto
No entanto, sem nunca acelerar, o Marítimo haveria de chegar ao golo num lance de bola parada, com Rodrigo António a corresponder da melhor maneira a um canto cobrado por David Simão. Estava dado o primeiro passo para um jogo tranquilo da equipa da casa.
No entanto, a Oliveirense, mesmo acusando o golo, acreditou sempre que era possível chegar ao empate e com isso foi estabilizando o seu jogo e intranquilizando a equipa da casa, ficando mesmo a ideia de que existiria um penalty a beneficiar os forasteiros já mesmo sobre o minuto 45. O árbitro nada sancionou.
«Se voltasse atrás faria exactamente o mesmo»
Com a chegada do segundo tempo, a apatia parece ter assolado a equipa da casa, o que aliado às constantes trocas de flanco de Cadete, foi deixando a defensiva do Marítimo com os nervos em franja.
A Oliveirense ia acreditando que era possível marcar no Funchal e foi criando perigo junto das redes maritimistas, acabando por ver o seu trabalho coroado com um golo de Correia à passagem do minuto 78, dando a melhor sequência de cabeça a um canto batido na direita por intermédio de Leal e com isso levando o jogo para prolongamento. Sem dúvida um justo prémio para quem sempre acreditou.
«Sentimo-nos felizes... mas ao mesmo tempo tristes!»
No prolongamento a equipa da casa demonstrou mais disponibilidade física e controlou o jogo territorialmente, acabando por conseguir chegar ao golo por intermédio de Luís Olim ainda na primeira metade.
Pese embora o Marítimo tenha ficado reduzido a dez na etapa complementar do prolongamento, a AD Oliveirense já não foi capaz de conseguir chegar novamente ao empate.
FICHA DE JOGO
Estádio: dos Barreiros, no Funchal
Espetadores: cerca de 500
Árbitro: Jorge Tavares (Aveiro)
MARÍTIMO: Wellington, João Diogo, Márcio Rozário, Igor Rossi e Luís Olim; Semedo, Rodrigo António (Rafael Miranda, 74m) e David Simão; Gonçalo (Danilo Dias, 45m), Ytalo (Ibrahim, 63m) e Adilson.
Suplentes não utilizados: Salin, Heldon, Roberge e Hassan.
OLIVEIRENSE: João Cruz, Fifas (Cafú, 58m), China, Marco Ribeiro e Paulo Sampaio; Cadete, Rui Gonçalves (Leal, 69) e João Cruz (Nuno Fonseca, 58m); Correia, Ni e Tiago Moreira.
Suplentes não utilizados: Dany, Pedro Costa e Ricardo Rocha.
Disciplina: cartão amarelo a Luís Olim (36m), David Simão (41m e 109m), Márcio Rozário (48m), Marco Ribeiro (72m), Tiago Moreira (84m). Leal (105) e Igor Rossi (116). Cartão vermelho para David Simão (109).
GOLOS: Rodrigo António (22m), Correia (78) e Luís Olim (102m).