Na primeira volta, depois de um início periclitante, o Marítimo deslocou-se a Setúbal e arrancou uma confortável vitória por quatro bolas a duas, deixando no ar a ideia de que a sua candidatura europeia era bastante sólida. No entanto, a intermitência dos resultados desportivos continuou, relegando a equipa para lugares pouco condizentes com a ambição e objetivos iniciais.

Após uma série de nove jogos em que os verde-rubros averbaram somente uma derrota, na sempre difícil deslocação ao estádio da Luz, o objetivo de alcançar as competições europeias volta a ser uma realidade alcançável. Contudo, as vitórias têm forçosamente que surgir e este Setúbal já não é o mesmo da primeira volta, conforme explicou Pedro Martins: «Vamos defrontar uma equipa que tem vindo a melhorar, que os últimos dois jogos ganhou-os em casa, com processos diferentes do José Mota», disse.

A mudança no comando técnico do Vitória trouxe um acréscimo de qualidade à equipa, algo que não surpreende o técnico maritimista, já que conhece muito bem José Couceiro: «É um treinador que eu conheço bem, trabalhei com ele vários anos, quer como meu treinador, quer como diretor desportivo e depois mais tarde sendo colega dele», explicou.

Pedro Martins antevê assim “um jogo de dificuldade”, em virtude das mudanças orquestradas por José Couceiro na sua equipa, já que agora «o Setúbal é uma equipa forte nas transições mais apoiadas», distanciando-se dos tempos de José Mota em que praticava «um futebol mais direto.»

Assim, mesmo tendo em conta as dificuldades que o técnico insular espera para este embate, a vitória é o único resultado que interessa neste embate, de modo a poder continuar na perseguição aos seus rivais diretos, pelo que o técnico não tem dúvidas em classificar este embate como uma final: «Para nós é extremamente importante. Podemos considerá-lo como uma final porque de facto a nossa margem de erro é diminuta», finalizou.