Na noite do adeus de Baba ao «caldeirão» dos Barreiros, Painda entusiasmou os adeptos do Marítimo. Mas se o Braga começou por desperdiçar, na segunda parte, Nuno Gomes deu a marcar e marcou. Hugo Viana deu o exemplo como capitão e com a bola nos pés.

No dia em que Baba se despediu dos adeptos do Marítimo, ficando na tribuna a torcer pelo seu ex-clube, Pouga marcou o primeiro golo na Liga dando vantagem ao Marítimo no final dos primeiros 45 minutos. Pedro Martins apostou num onze previsível e Leonardo Jardim também.

Sem Alan, Paulo César foi o natural substituto, no habitual 4x2x3x1. Os madeirenses mantiveram o seu 4x3x3, mas com um avançado ¿gigante¿. E curiosamente, até foram os locais que entraram melhor, com Danilo Dias a fazer um bom cruzamento para Pouga que não conseguiu rematar no meio de três defesas bracarenses. Só que, daí em diante, começou o desperdiço do Braga.

Paulo César ainda não deve acreditar como Peçanha lhe «roubou» o golo aos 7 minutos, após um passe de Lima. O avançado minhoto rematou forte, mas o guarda-redes brasileiro foi enorme e negou-lhe o golo. Os visitantes assumiam a despesa do jogo e Hugo Viana tentou a sua sorte, mas uma vez mais Peçanha estava atento e seguro.

Aos 12 minutos, em mais um bom lance, Paulo César cruza mas Hélder Barbosa ao segundo poste remata mal quando tinha tudo para marcar. Já aos 25 minutos, Mossoró isola Lima mas este remata ao lado, em mais uma boa situação para inaugurar o marcador. Continuando a dominar, Hugo Viana isolou Hélder Barbosa e este tenta o chapéu que saiu alto.

E já diz o velho ditado: quem não marcar, sofre! E os pupilos de Pedro Martins marcaram na primeira grande situação aos trinta minutos. Paulo César permitiu que Luís Olim rematasse e a bola bateu em Salino, caindo perto de Pouga que fuzilou Quim. Notável a eficácia madeirense. O Braga acusou o golo e perdeu-se um pouco na partida. Mas Viana levantou de novo a sua formação, só que Peçanha foi melhor outra vez e depois Custódio cabeceou ao lado.

Custódio repõe a justiça no marcador

Tal como no começo da partida, foi o Braga que assumiu a procura do golo após o intervalo. E os locais espreitavam o contra-ataque. Leonardo Jardim mexeu na sua equipa aos 58 minutos lançando Nuno Gomes, retirando Paulo César, tentando dar mais força ao seu ataque. E seria o avançado a fazer o cruzamento que deu a igualdade aos minhotos aos 60 minutos, com Custódio a cabecear bem e a bater Peçanha.

E um azar nunca vem só. Após mais um grande passe de Hugo Viana, Lima tentou passar Robson e este cortou a bola com a mão e viu o cartão vermelho, pois o avançado ficava isolado.

Reduzidos a dez, Pedro Martins fez sair Benachour e reequilibrou a defesa com a entrada de Igor Rossi. E os minhotos chegaram mesmo ao segundo golo, com Nuno Gomes a aproveitar, aos 75 minutos, um excelente cruzamento de Salino. Natural esta reviravolta face à expulsão de Robson e a uma quebra grande do Marítimo.

Jogando de forma controlado, os pupilos de Leonardo Jardim foram gerindo o tempo e a vantagem no marcador, perante um conjunto maritimista que lutava mas sem argumentos para mudar a história da partida. Já em tempo de descontos, Pouga ainda assustou num cabeceamento e Igor Rossi caiu na grande área, mas no entender do árbitro sem falta.

O Braga ganha pontos ao Porto, mantém a distância para o Sporting e deixa o Marítimo ainda mais longe da luta pelo pódio.