Vasco Seabra, treinador do Marítimo, declarou nesta quinta-feira que quer o emblema madeirense deixe tudo em campo na receção ao Benfica, no sábado.

«Cada gota de suor tem de sair do nosso corpo e cada centímetro de relvado tem de ser disputado no máximo», destacou Vasco Seabra, na antevisão ao embate da 32ª. Jornada.

O técnico de 38 anos, garante que só no «máximo das forças» é que o conjunto insular terá a hipótese de ser feliz, perante uma equipa que vai tentar dar uma resposta positiva após o empate na receção ao Famalicão (0-0) na última ronda.

«Não perspetivo um Benfica ferido ou menos ferido, perspetivo sim um Benfica forte, ciente das ideias que tem, com boas individualidades, uma equipa que quer demonstrar aquilo que tem vindo a fazer e corresponder da melhor forma para também engrandecer aquilo que são», sublinhou.

Ainda sobre os ‘encarnados’, - agora com oito postos de distância da segunda posição, ocupada pelo Sporting – garante tratar-se de uma equipa com «muita qualidade individual e coletiva e com um processo de jogo muito identificado».

Tendo o Marítimo já a permanência assegurada a três jornadas do final do campeonato e o Benfica com o objetivo comprometido de ‘roubar’ o segundo posto, Vasco Seabra recusa a ideia de que o embate se vai desenrolar sem ambição, explicando que ainda há nove pontos em disputa e «é preciso dar tudo para os conquistar».

«Jogar no Marítimo e estar a três jogos do fim com a permanência garantida é bom e importante, principalmente porque iniciámos um percurso que era difícil quando chegámos e porque, também, o passado mais recente do Marítimo trazia alguma negatividade», afirmou, sublinhando que no emblema madeirense «quem relaxar é sinal que não está preparado para viver nesta casa».

O Marítimo ainda não perdeu em casa na presente temporada frente aos chamados grandes da Liga, tendo empatado diante do FC Porto e do Sporting, ambos por 1-1, mas Vasco Seabra garante que a equipa não pensa apenas em não perder.

«Mais do que evitar a derrota é a busca pela vitória. Essa é a nossa única forma de estar, jogar para vencer».

O técnico garante ainda uma equipa focada e sem pensar no objetivo cumprido.

«A nossa equipa nunca se deslumbrou durante a época. Desde que cá chegamos fizemos 20 jogos, onde a equipa conquistou 30 pontos, o que felizmente são muitos pontos. Se poderíamos ou se queríamos ter mais, obviamente que sim, porque esse é sempre o desafio de quem treina uma equipa como o Marítimo”, frisou, relembrando que o conjunto maritimista «é muito difícil de bater» quando está no limite.

Para a receção ao Benfica, os ‘verde rubros’ apresentam-se com todo o plantel disponível, após o regresso de Joel e do médio Iván Rossi, que cumpriram suspensão diante do Santa Clara por terem completado um ciclo de cinco cartões amarelos.

O Marítimo, sétimo classificado, com 37 pontos, recebe o Benfica que ocupa a terceira posição, com 68, na 32.ª jornada, no sábado, às 17h, num encontro com arbitragem de Hélder Malheiro, da associação de Lisboa.