Artigo original: 20h52

Carlos Pereira, presidente do Marítimo, revelou esta terça-feira, em conferência de imprensa, que José Sá e Marega não foram para o Sporting porque o clube de Alvalade atrasou-se nas negociações e o FC Porto acabou por ser mais célere a fechar o acordo.

«Posso confidenciar, e não tenho nenhum problema em fazê-lo, que o negócio com o Sporting podia estar feito há algum tempo. Mas não foi feito pelo seu atraso. Tive o cuidado de mandar uma mensagem à pessoa que quase selou o negócio, a dizer que, se não foi feito, a culpa não foi do Marítimo. O mercado é constante e permanente e, como costumamos dizer, o futebol é o momento. E quando não se aproveita o momento perde-se a oportunidade. O tempo não para. É como o comboio: ou o apanhamos ou ficamos na estação», destacou o dirigente na sala de imprensa do clube, em Santo António.

Carlos Pereira confidenciou ainda que o negócio com o FC Porto teve contrapartidas «melhores» para o Marítimo e assinalou que «a forma célere como os negócios são feitos pelo FC Porto é, de facto, diferente». O dirigente disse ainda que ficou em aberto a chegada de jogadores para a equipa dos Barreiros que terá ficado com direito de preferência sobre Maurício e André Silva.

O presidente do Marítimo abordou ainda as relações com o Sporting, realçando que, em 32 anos, sempre teve um bom relacionamento com os presidentes do clube de Alvalade. «O Sporting merece-me o máximo respeito, tenho lá grandes amigos, mas nem com ele nem com outro vou prejudicar a minha instituição. Quando nos sentamos à mesa e damos o negócio como fechado... depois não o vou alterar. Nem com o sobrinho, nem com o Costa Aguiar», referiu ainda o representante madeirense.