José Gomes, treinador do Marítimo, depois do empate com o Famalicão (3-3), no Estádio dos Barreiros, em jogo da 34.ª e última jornada da Liga:

- Penso que pela forma como nos batemos hoje, contra uma excelente equipa, muitíssimo bem orientada, é prova de que, com os níveis de concentração mais altos e com um espírito diferente se calhar desde o início, as coisas poderiam ter sido diferentes e, neste momento, estaríamos a lutar, com equipas como o Rio Ave, o Famalicão e o Vitória de Guimarães, nesta parte final do campeonato.

- Considero que as coisas foram crescendo, com uma tomada de consciência do que devem ser as aspirações do Marítimo, e acabámos bem o campeonato, com uma média de pontos que, se fosse alargada a todo o campeonato, estaríamos em lugares europeus. Os meus jogadores estão de parabéns pela forma como entraram nesta retoma com este espírito.

[Final de Liga desejado?]

- Quando estamos a representar o Marítimo e a grandeza do Marítimo obriga-nos, independentemente do que está em causa, neste caso três ou quatro lugares de diferença, que eu considero muito importante. Acabar bem é muito importante para um jogador que tem contrato, que não tem contrato, que tem clubes a observar. Acaba por ser bom para todos, é uma valorização. O que vendemos e o que é a nossa vida é o jogo. O espírito do grupo é extraordinário neste momento.

[Próxima época?]

- Para assumir, ao início do campeonato, que os objetivos são esses delineados [acesso às competições europeias], teríamos que aumentar a qualidade do plantel e isso, às vezes, esbarra, pelo rigor que existe no clube, e bem. Nós, como profissionais, queremos trabalhar em clubes cumpridores. Temos que ajustar a nossa ambição em termos desportivos à realidade financeira dos clubes. Não sei se será possível assumir à partida que iremos lutar por esses objetivos. Depende como nos conseguiremos reforçar.