Pepe e o Marítimo não chegaram a acordo quanto a um alegado valor em dívida ao clube desde que o internacional português deixou os Barreiros para rumar ao FC Porto, em 2004. O julgamento teve início esta quarta-feira, no Juízo Central Cível do Funchal, depois de frustradas todas as tentativas para a definição de um acordo entre as duas partes.

Pepe chegou ao Marítimo em 2001 e saiu para o FC Porto em 2004, tendo representado o clube do Dragão até 2007, ano em que rumou ao Real Madrid, numa transferência sobre a qual o clube madeirense entende ter um «diferendo a receber».

Apesar das inúmeras tentativas levadas a cabo pela juíza Alexandra Barreto, não houve acordo entre as partes. O início do julgamento ficou, assim, marcado por inúmeras interrupções dos advogados para recorrerem às chamadas telefónicas para entrar em contacto com os respetivos presidentes do Marítimo e do FC Porto, na tentativa de chegarem a um valor em comum.

«Estamos a falar de coisas que aconteceram em 2004. Vale a pena arriscar o tudo ou nada para um dos lados?», perguntou a magistrada, recordando que o processo já «andou, andou e regressa à estaca zero», questionando ainda se a discussão por «um milhão e 300 mil euros vai durar mais uns aninhos».

«O Pepe está quase na reforma e nós estamos ainda aqui a discutir», referiu Alexandra Barreto, afirmando que acreditava que os advogados de ambas as partes conseguiam «fazer melhor» de forma a não prolongar o caso, mas tal não sucedeu e começaram a ser ouvidas respetivas as testemunhas.

O julgamento continua na parte da tarde desta quarta-feira, num caso em que envolve Pepe, mas também outro jogador que esteve envolvido numa transferência entre os mesmos clubes, mas cuja identidade não foi possível apurar.