Pedro Martins é o espelho da confiança que reina no Marítimo em ultrapassar o desaire da última jornada ante o Paços de Ferreira já nesta jornada diante dos seus adeptos, naquele que é o jogo que encerra esta jornada do principal escalão do futebol português.

O técnico verde-rubro não espera nenhuma surpresa na apresentação do Guimarães no estádio dos Barreiros, mas considera que o Marítimo terá que está ao seu melhor nível para levar de vencida este embate.

«Esperamos o Guimarães normal do Rui Vitória. O Guimarães que nos últimos dois anos mantém basicamente a mesma estrutura e portanto é um jogo que, na minha perspectiva, vale quatro pontos. É fundamental a equipa estar bem e conquistar uma vitória perante o nosso público», começou por referir, acrescentando: «Esperamos que o nosso público venha e nos ajude nestas fases que vão e são decisivas. Estamos preparados e quem vier ao estádio não vai ficar desapontado com o nosso desempenho.»

O técnico verde-rubro desvaloriza a pressão que possa existir sobre os seus pupilos em virtude dos objetivos que se propõem a alcançar nesta temporada, enfatizando contudo a importância de somar os três pontos: «Já disse que íamos ter doze finais e esta é mais um final. Este fim de semana perdemos mas os nossos adversários também perderam pontos. É menos uma jornada, dependemos de terceiros, mas é importante. Decisivo não, mas importante», explicou.

«A pressão está em todo o lado. Nós sabemos o que pretendemos e nesta fase já se começa a decidir muita coisa. Só as equipas que não têm ambições de Europa e já estão praticamente com a manutenção assegurada é que não têm pressão. Tudo o resto vai lutar para o título ou para a Europa ou para a manutenção e, portanto, a pressão vai ser para todas as equipas e o Marítimo não foge à regra.»

Em caso de vitória, os verde-rubros ultrapassam um adversário direto na classificação, o mesmo cujas cores o atual técnico madeirense já defendeu, algo que não traz qualquer sentimento especial a Pedro Martins:

«Não escondo que quando tive lá passei um ano fantástico. Das melhores épocas do Vitória de Guimarães, não só em termos classificativos mas fundamentalmente em termos exibicionais e eu tive a felicidade de participar nesta grande equipa. Mas nós estamos nesta actividade há tantos anos que já vemos as coisas de uma forma muito mais fria, mais pragmática, porque esta é a nossa profissão», finalizou.