Nélson Puga, médico do F.C. Porto, veio a público esta segunda-feira manifestar estranheza pela forma como foi conduzido o processo de diagnóstico e recuperação de Bruno Vale. O guarda-redes titular dos sub-21, que se lesionou na passada quinta-feira, acabou por ser dispensado da selecção principal no sábado, depois de lhe ter sido diagnosticada uma fractura que, segundo depoimento de Nelson Puga ao site do clube portista, não tinha sido comunicada anteriormente, apesar de detectada por exames médicos prévios.
«No fim do jogo Portugal-Sérvia (¿) o Dr. João Resende, médico da equipa sub-21, disse-me (¿) que, aparentemente, o Bruno Vale tinha sofrido um traumatismo, mas que, ainda assim, iria fazer um raio-x para confirmar. Cumprido esse exame, voltou a contactar-me para confirmar a primeira impressão (¿). Na sexta-feira (¿) voltou a contactar-me dizendo que o Bruno Vale mantinha muitas queixas e que, apesar de continuar a achar que a lesão não seria nada de mais, ia mandar o atleta fazer uma ressonância (¿). O que ficou combinado (¿) foi que, caso fosse detectado algo de anormal, me voltaria a contactar. No dia seguinte, sábado, (¿) para meu espanto, o presidente do F.C. Porto contactou-me a dizer que a rádio estava a passar que o Bruno Vale tinha uma fractura e que tinha ido a Évora para ser observado pelo médico da selecção A. (¿) Cerca das 17h00 de sábado, mais de 24 horas depois de ter realizado a ressonância, o Bruno Vale telefonou-me a dizer que estava a regressar de Évora, que tinha o pé partido e que estava na posse de um relatório e de exames para mim».
Considerando «inacreditável» ter sabido da existência de uma fractura pelo próprio Bruno Vale, Nelson Puga acentua a sua estranheza pelo desenrolar do processo afirmando que a cópia da ressonância efectuada na sexta-feira já apontava a fractura do cubóide, um osso do pé, pelo que a situação seria do conhecimento dos responsáveis federativos, com pelo menos 24 horas de antecedência.