Os clubes brasileiros não têm problemas em contratar jogadores em fim de carreira. É esta a grande conclusão a tirar do mercado que agora se encerra para contratações a partir do estrangeiro. Só trocas internas ainda continuam a ser permitidas.

Entre os 22 jogadores contratados, dez têm mais de 30 anos, ou seja, 45 por cento do total. Quase metade. Os números foram divulgados pelo «Globoesporte» que analisou a política de contratações no estrangeiro dos emblemas locais.

Os dados, contudo, não contemplam a contratação de Paulo Assunção por parte do São Paulo, um negócio que só foi tornado público este sábado.

Seedorf e Forlán são, claramente, as apostas mais sonantes e vêm dar corpo à ideia que se vai formando: o Brasil começa a ser encarado como um bom mercado para se terminar a carreira. A crise na Europa ajuda, obviamente, a este cenário.

O Botafogo foi o clube que mais contratou no estrangeiro, com três caras novas: Seedorf (ex-Milan), Lodeiro (ex-Ajax) e Rafael Marques (ex-Omiya Ardija).

A maior parte dos reforços contratados (14, mais Assunção) são brasileiros que, assim, voltam ao seu país, mas há também oito estrangeiros, embora só Seedorf seja europeu.

Portugal aparece neste filme com Victor Lemos. O médio brasileiro jogou no Belenenses na temporada passada e vai representar o Bahia. A Itália foi o país que mais cedeu jogadores ao Brasil neste defeso, com um total de cinco.

No sentido inverso, já saíram 17 jogadores do principal escalão brasileiro. O mercado ainda está aberto na Europa e é quase certo que o número vai aumentar.