Ricardo Quaresma continua sem clube, mas tem uma certeza quanto ao futuro: vai continuar a jogar «mais um bocadinho». Com 38 anos, o internacional português está livre desde que deixou o Vitória e sente-se capaz para continuar a jogar.

«Vou continuar mais um bocadinho. Sinto-me bem, estou bem fisicamente e enquanto as pernas andarem e a bola mexer, vou continuar», assegurou em declarações aos jornalistas, à margem de uma entrega de bolsas de mérito desportivo e acadêmico a que dá nome, em Canelas, Vila Nova de Gaia.

Sem querer falar sobre o futuro a curto prazo, o extremo garantiu que foi o jogador que sonhou um dia ser.

«Muitos duvidaram de mim. Não duvidaram pelo talento, mas por outros aspetos. Mas sempre superei tudo. Estou orgulhoso da carreira que consegui fazer. Ainda não acabou, mas também já não faltará muito. Enquanto jogar vou desfrutar, aproveitar ao máximo e tentar jogar com esse brilho que sempre tive quando toco na bola e entro em campo», referiu. 

«O futebol foi justo comigo, mas por vezes eu não fui justo com o futebol. Agradeço ao futebol por tudo. É como disse: no pouco tempo que tenho, espero que continue a ser justo comigo. Só me arrependo do que não faço. Estou feliz pela carreira que consegui fazer e preparado para o que aí vem», acrescentou. 

Por último, Quaresma refletiu sobre as hipóteses de Portugal em ganhar o Mundial 2022, prova que se disputa em novembro e dezembro, no Qatar.

«Na vida tudo é possível. Há grandes seleções, mas também temos uma grande seleção, recheada de grandes jogadores. Temos de ir passo a passo. Não podemos ter as expectativas lá em cima porque depois as coisas não correm como estávamos à espera e vem a desilusão. Temos de ter os pés bem assentes na terra, sabendo que temos todas as condições para atingir esse objetivo», concluiu.

Ricardo Quaresma distribuiu bolsas de mérito académico e desportivo, referentes a 2021, a 15 alunos de Vila Nova de Gaia.