Terça-feira, 31 de janeiro. 23 horas, 58 minutos e 36 segundos.

Enzo Fernández jamais esquecerá. Outros envolvidos também não, seguramente.

Foi nessa data, e a essa hora específica, que a transferência do médio, do Benfica para o Chelsea, ficou registada no Transfer Matching System (TMS) da FIFA.

Um ficheiro em falta, ou até uma falha de internet, teriam sido suficientes para estragar o negócio. Mais uns segundos de demora, pouco mais de um minuto, e a transferência tinha fracassado.

Por aqui se percebe a complexidade do negócio, fechado por 121 milhões de euros.

Já passavam das 22 horas quando o Maisfutebol noticiou que os dois clubes tinham chegado finalmente a acordo. Estava lançada uma verdadeira corrida contra o tempo, até porque o mercado, em Inglaterra, fechava às 23 horas.

A Premier League dava mais duas horas de prazo adicional, mas caso os clubes entregassem, antes das 23 horas, um formulário a reportar que tinham acordo.

Mas para registar a transferência na plataforma da FIFA, a margem era menor: tudo tinha de ser submetido até às 00h00.

É no TMS que os clubes envolvidos carregam os documentos relativos à transferência. Depois, é necessário que as federações envolvidas (neste caso a portuguesa e a inglesa) validem toda a documentação. Só aí é que a transferência fica concluída.

O processo de Enzo ficou submetido às 23:58.36.

Foi mesmo até ao limite.