O advogado de Lionel Messi, Cristóbal Martell, garantiu hoje que a vontade do futebolista e da sua família é a de colaborar com a justiça e não entrar num debate com o Estado sobre a interpretação das normas fiscais.

Martell falava aos jornalistas à saída do tribunal de instrução de Gavá (Barcelona), onde o futebolista argentino e o seu pai foram ouvidos como arguidos num processo de alegada fraude fiscal no valor de quatro milhões de euros.

«A vontade da família Messi é de total transparência, clareza e colaboração», disse o advogado que representa Messi e o seu pai Jorge.

O advogado insistiu que as audições de hoje decorreram com total vontade de transparência e com «uma grande vontade de regularizar a sua relação com a agência tributária».

Nenhum dos arguidos, disse, «pretende entrar num combate com o Estado sobre a interpretação das normas fiscais». Messi e o seu pai permaneceram cerca de 90 minutos no tribunal.

Dezenas de apoiantes do futebolista do Barcelona concentraram-se no exterior do tribunal desde o início da manhã tendo-se ouvido à sua chegada gritos de «viva Messi», aplausos e alguns de «ladrão».

O processo foi iniciado a 12 de junho pelo centro financeiro da Procuradoria de Barcelona contra Messi e o seu pai, acusados de dever ao fisco espanhol parte das receitas dos direitos de imagem do internacional argentino.

O pai de Messi pagou cinco milhões de euros ao fisco em agosto, para evitar que o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha estabelecesse uma fiança a ambos, como garantia de que não tentariam fugir à sua eventual responsabilidade civil.

Messi conquistou por quatro vezes a Bola de Ouro, tendo ficado em junho passado no segundo lugar dos desportistas mais ricos do mundo pela revista Forbes, que lhe atribuiu um salário anual de 15 milhões de euros e de direitos comerciais de 15,53 milhões de euros.