João Loureiro foi esta sexta-feira ouvido durante quatro horas pela Polícia Federal do Brasil (PF), em Salvador, a propósito da apreensão de 500 quilos de cocaína num avião com destino a Portugal, do qual o antigo presidente do Boavista fazia parte da lista de passageiros.

À agência Lusa, Loureiro confirmou que «prestou declarações como testemunha junto das autoridades competentes em Salvador» e realçou que está «absolutamente alheio a tudo o que se passou».

Também à Lusa, fonte da Polícia Federal revelou que o português foi ouvido durante quatro horas, nas quais «apresentou a sua versão dos factos», que será agora «comparada com as demais provas do inquérito».

«Foram extraídos arquivos do celular [telemóvel], como mensagens e fotografias, com a autorização do passageiro, e serão analisados para ver se se conferem o que foi declarado», indicaram as autoridades.

De resto, a PF diz que João Loureiro está autorizado a regressar a Portugal se assim entender, mas «foi advertido a informar qualquer mudança de endereço».

Refira-se que o filho de Valentim Loureiro já havia confirmado, à TVI, que esteve na lista inicial do voo, mas que já tinha desistido do mesmo, conforme terá comunicado à empresa responsável, pois decidiu regressar num voo comercial.

O antigo presidente do Boavista explicou ainda que a primeira data prevista para o voo foi o dia 1 de fevereiro, mas que este foi sucessivamente adiado, o que fez com que procurasse outras alternativas, e que no dia 9 até estava em São Paulo. João Loureiro acrescentou ainda que na viagem para o Brasil, a 27 de janeiro, houve problemas com caixas de vinho que seguiam a bordo. O empresário português fez essa viagem com um cidadão espanhol que, de acordo com a TVI, já estava referenciado pela Polícia Judiciária por suspeita de tráfico de droga.