O presidente russo Vladimir Putin anunciou esta quarta-feira a mobilização militar parcial dos cidadãos da Rússia na reserva.

«Devemos apoiar a proposta do Ministério da Defesa sobre a mobilização militar parcial. Só mobilizaremos os cidadãos atualmente na reserva, que têm experiência e serviram no Exército, e têm certas profissões e capacidades. Antes de serem mobilizados, terão treino militar adicional, com a experiência da operação militar especial em mente», disse o líder máximo do país, naquele que foi o primeiro discurso à nação desde o início da guerra na Ucrânia.

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Putin garantiu que o decreto já foi assinado e que a mobilização começará ainda esta quarta-feira. Além disso, enviou um aviso aos representantes de países da NATO que «falam em atacar a Rússia com armas nucleares», referindo-se explicitamente pela primeira vez a este tipo de armamento.

«Quero dizer ao Ocidente: temos muitas armas em nosso poder, não estamos a fazer bluff. O nosso país também tem meios de ataque, mais modernos do que a NATO. Se a defesa da Rússia estiver em perigo utilizaremos todos os meios ao nosso alcance para resolver o problema. Podem ficar descansados: utilizaremos todos os meios, repito, todos os meios que sejam necessários», frisou.

Vladimir Putin também justificou a invasão da Ucrânia, referindo que a «operação militar preemptiva foi a única solução face ao inevitável ataque à ‘Crimeia russa’ e ao Donbass».