Presente no programa da TVI Big Brother Famosos, Paulo Futre emocionou-se na noite de domingo, ao recordar um episódio da sua vida em conversa com Cristina Ferreira.

O antigo futebolista de FC Porto, Sporting e Benfica lembrou o Euro 2004, quando foi convidado pelo diretor do jornal Marca para escrever uma crónica depois de cada jogo da Seleção Nacional.

«Para mim também seria uma honra, mas eu não sei escrever. Se fosse o pé esquerdo, com a caneta, talvez conseguisse escrever, mas as mãos eram cegas. Sentia-me um analfabeto da escrita», revelou.

O diário desportivo espahol insistiu na colaboração com Futre e pôs um jornalista a ouvir a opinião do antigo internacional luso para depois transcrever para uma crónica.

Tudo correu dentro do planeado, até ao jogo da meia-final, em que Portugal venceu a Holanda: «Comecei a chorar, como todos os portugueses. Chorava 'baba e ranho', feliz. Falei com o meu filho: 'Paulinho, fica aí em casa, que o pai vai ligar-te daqui a pouco. Eu hoje vou escrever, o teu pai vai escrever'. O gajo começou a rir, não é? Dizer-lhe que ia escrever era o mesmo que dizer-lhe que ia à lua. O jornalista ligou-me e eu disse-lhe: 'Quem vai escrever sou eu. Cristina, quem começou a escrever não fui eu, foi o meu coração. Meto um papel à frente e aquilo saiu tudo escrito com o coração. Quando levanto o papel, vi que aquilo era um idioma diferente. Não era português, nem era espanhol. Só eu é que entendia. Se visses aquilo à tua frente, era igual a chinês.»