Fabrizio Miccoli, antigo avançado do Benfica, em final de contrato com o Palermo, marcou uma conferência de imprensa para a próxima quarta-feira na qual vai falar sobre o seu futuro, como jogador, e apresentar a sua versão dos factos que recentemente o relacionaram com a máfia siciliana.

O avançado está a contas com a justiça italiana e já foi notificado para depor por extorsão e crime informático. As suspeitas já tinham sido tornadas públicas há algum tempo, tendo Miccoli sido investigado por ser amigo do filho de um chefe da Máfia, mas agora a situação piorou. Mediante os dados mais recentes da investigação, as autoridades italianas resolveram chamar o jogador a depor como suspeito.

Uma das situações tinha a ver com o facto de o avançado ter comprado cartões de telemóvel «limpos» para o amigo Mauro Lauricella, filho do alegado chefe de máfia Antonio Lauricella. Este é o caso que configura crime informático.

O caso de extorsão tem a ver, segundo o jornal italiano La Repubblica, com o facto de Miccoli ter pedido a Mauro Lauricella para recuperar o dinheiro que lhe deviam algumas pessoas com quem tinha negócios numa discoteca, recorrendo à força.

Mediante escutas telefónicas, agora divulgadas, a Itália ficou chocada com os insultos que o jogador fez ao juiz Giovanni Falcone, um dos mais acérrimos perseguidores do crime organizado, e que terá sido assassinado pela Máfia.