António Veloso foi o capitão do Benfica no último confronto dos encarnados com o Milan em 1994/95, nos quartos-de-final da Liga dos Campeões. O jogo do Giuseppe Meazza foi o último a nível internacional que o lateral realizou ao serviço do clube da Luz, pois no final dessa época encerrou a carreira de águia ao peito, à semelhança de Vítor Paneira e Isaías.
As recordações do dia 1 de Março de 1995 são mais do que muitas e ao Maisfutebol Veloso fala dos momentos marcantes desse Milan-Benfica: «Recordo-me perfeitamente desse dia. Foi um jogo de grande intensidade, onde não conseguimos quebrar o potencial do Milan e perdemos, mas defensivamente conseguimos o que pretendíamos e estivemos melhor do que ofensivamente. Conseguimos controlar a partida e criar perigo no contra-ataque, como pretendíamos, mas o poderio deles era muito grande. Mas, o jogo não foi tão difícil como esperávamos.»
O Benfica foi derrotado por 2-0, com dois golos de Simone (63 e 75m), mas Veloso acredita que neste reencontro com o Milan, 12 anos depois, os encarnados têm de confiar que a história pode ser outra: «O Benfica tem de acreditar nas suas capacidades. Se os jogadores pensarem no Milan como uma equipa poderosa com muitos jogadores de qualidade isso irá afectá-los, mas se pensarem que o Benfica também tem muito valor, tudo será mais positivo. Têm de saber ultrapassar qualquer receio e pensar que também têm armas para lutar.»
António Veloso destaca que é impossível entrar em comparações entre essa eliminação das «Champions» em 1994/95 e o jogo que marca o arranque dos encarnados na fase de grupos este ano: «São outros tempos. Espero que terça-feira o Benfica seja uma equipa forte, capaz de fazer frente ao Milan. Os jogadores têm de acreditar que é possível.»
Quanto ao ambiente que irá apadrinhar este regresso das águias ao Giuseppe Meazza o antigo capitão acredita que será bastante motivador para as duas equipas: «O inferno de San Siro é semelhante ao do Estádio da Luz quando está cheio. Todos os jogadores gostam de jogar em ambientes assim e é motivador para eles. Todos gostam de jogar com tanta gente a gritar pelas equipas.»