A América despediu-se de Landon Donovan, provavelmente o seu melhor jogador de sempre, numa final decidida por Robbie Keane, um dos nomes grandes do futebol europeu que fez dos Estados Unidos casa nos últimos anos. Ambos festejam com os LA Galaxy o quinto título de campeões da MLS, depois de venceram a final frente ao New England Revolution, por 2-1, ao fim de 120 minutos.

A decisão do campeonato norte-americano tinha de um lado a equipa mais cotada da Liga, quatro vezes campeã, frente aos bem menos mediático New England Revolution. Que nunca foi campeão e tinha até agora quatro presenças em finais. No onze, com a braçadeira de capitão, o português José Gonçalves. Aliás, o único estrangeiro entre os titulares do Revolution.
 

A decisão foi em casa dos Galaxy, um Stubhub Center cheio. Mas, durante longos períodos, sem grandes pretextos para entusiasmos. O jogo foi intenso, mas com poucas oportunidades. Depois de uma primeira parte sem golos, Gyasi Zardes colocou os Galaxy na frente aos 52 minutos. Já tudo parecia decidido quando, aos 79m, Chris Tierney deu novo fôlego aos Revolution.

Seguiu-se o prolongamento, que já ia na segunda parte quando Robbie Keane resolveu. Um belo golo do irlandês.



E o festejo dele, um clássico da MLS



Keane, há quatro anos nos Estados Unidos e eleito dias antes MVP da época, dizia antes da final que o campeonato norte-americano é competitivo e já está bem longe do estereótipo de destino de reforma de vedetas da Europa. Ele, que chegou em 2011, sabe do que fala, mas a sua exibição na final também deixou claro o que acrescentam à MLS jogadores com o seu talento e experiência.

Ou o que acrescentaram jogadores norte-americanos com passado na Europa, que a MLS tem tentado fazer regressar, numa estratégia clara de fortalecer a sua Liga. Acima de todos eles, Landon Donovan. A maior figura da sempre do futebol norte-americano, que colocou esta noite um ponto final na carreira internacional, com um guião perfeito.
 



Por todo o mundo, choveram tributos ao capitão América neste dia.