Se 2014 foi um ano bastante positivo para as modalidades nacionais , podemos dizer que 2015 não desiludiu, nem lhe ficou atrás. Portugal voltou a chegar a vários pódios a nível internacional e viu os principais clubes nacionais alcançar feitos assinaláveis.

Uma das equipas que voltou a escrever o nome de Portugal na história foi a de ténis de mesa. Depois do título europeu conquistado no ano passado em Lisboa, os mesatenistas Marcos Freitas, Tiago Apolónia e João Geraldo  chegaram ao ouro nos Jogos Europeus  realizados em Baku. Também  João Pedro Monteiro venceu o ouro nos Campeonatos da Europa, nos quais o ténis de mesa português venceu quatro medalhas .

Ainda na capital do Azerbaijão, em junho, nos Jogos Europeus,  Telma Monteiro voltou a subir ao lugar mais alto do pódio . A judoca portuguesa, que foi operada ao ombro direito em março, conquistou o ouro. E em outubro alcançou a mesma medalha no Grand Slam de Paris.

Em Baku, para além dos nomes já referidos,  há outros que também merecem ser recordados
. Isto porque Rui Bragança também venceu o ouro no taekwondo, enquanto João Silva no triatlo, João Costa, no tiro, e Fernando Pimenta, na canoagem em K1 1.000 e 5.000 metros, alcançaram a prata e Júlio Ferreira, no taekwondo, Beatriz Martins e Ana Rente, nos trampolins sincronizados, e a seleção de futebol de praia conquistaram o bronze.

Seleção essa que nas areias portuguesas e estrangeiras amealhou também em 2015  o Campeonato do Mundo  e  o Europeu . O primeiro em julho, em Espinho, ao derrotar o Taiti na final (5-3), o segundo em agosto, em Parn,u na Estónia, batendo no último jogo a Ucrânia por 5-4. Por isso, também  a escolha de melhor jogador do Mundo foi fácil: Madjer . Quem mais?

A nível individual destaque muito merecido também para Nélson Évora. O atleta português, de 31 anos, voltou aos títulos depois de um longo calvário de lesões. O último título tinha sido o das Universíadas, em 2011, mas 2015 levou-o de novo ao pódio ao ser campeão europeu de pista coberta e ao conquistar  a medalha de bronze nos Mundiais de Atletismo
.

Também Miguel Oliveira confirmou a qualidade e ambição nas motas. Aos 20 anos, no último ano em  Moto3, o piloto português tornou-se vice-campeão do escalão  ao ganhar seis Grandes Prémios: Itália, Holanda, Aragão, Austrália, Malásia e Valência. Para o ano, vai correr pela primeira vez no campeonato de Moto2.

Outro Oliveira vitorioso, mas no ciclismo, foi Nélson. O ciclista, de 26 anos,  venceu a 13.ª estada da Volta a Espanha  cumprindo os 178 km entre Catatayud e Tarazona em 4h14m01s. O último português a cortar a meta na Vuelta tinha sido Sérgio Paulinho, em 2006. Para além disso, foi bicampeão nacional de contrarrelógio.

Já João Sousa confirmou-se como melhor tenista português de todos os tempos. À  33.ª posição do ranking mundial, juntou a vitória no Open de Valencia . O seu segundo torneio ATP da carreira, depois de em 2013 vencer em Kuala Lumpur.

Quanto a clubes, o Benfica foi o mais vitorioso de todos. Os encarnados tiveram um ano sem igual nas modalidades masculinas.

No futsal foram  campeões,
 ao venceram na melhor de quatro jogos o Sporting, fizeram a  dobradinha  ao baterem a AD Fundão, por 5-2, e venceram a  Supertaça  perante o mesmo adversário. Já no final do ano, garantiram ainda a final four da UEFA Futsal Cup. Tudo isto no primeiro ano do treinador Joel Rocha, proveniente da equipa beirã.

No  basquetebol , as mesmas conquistas. Para além do tetracampeonato, a formação encarnada venceu ainda a Taça de Portugal e a Supertaça. O mesmo aconteceu no  atletismo , em que o Benfica venceu os principais campeonatos.

Também no  voleibol  o Benfica, tricampeão, venceu igualmente a Taça e a Supertaça e foi finalista da Taça Challenge, num percurso histórico nas competições internacionais.

Já no hóquei em patins foi  campeão ao bater o FC Porto  e  fez a dobradinha ao impor-se ao Sporting  (3-0), mas os leões também alcançaram grandes feitos.  Venceram a Supertaça aos encarnados  e voltaram aos triunfos internacionais, com  a conquista da Taça Challenge . Isto depois de vários anos sem equipa sénior e de 19 anos sem ligação oficial ao clube.


Quanto ao andebol, foi o FC Porto que continuou imbatível no campeonato. Os azuis e brancos foram  campeões pela sétima vez consecutiva  e venceram a Supertaça ao ABC, depois de perderem a Taça de Portugal para este mesmo adversário.

Posto isto, é caso para dizer: para o ano há mais. E é ano de Jogos Olímpicos.