O contrato-programa relativo à preparação olímpica para Tóquio2020/Paris2024, com uma dotação de 18,5 milhões de euros, foi esta sexta-feira publicado em Diário da República e prevê a obtenção de pelo menos duas medalhas nos próximos Jogos.

Além das duas presenças em lugares de pódio, o contrato estipula ainda a obtenção mínima de 12 diplomas, ou seja, classificações até ao oitavo lugar, e pelo menos 26 iguais ou acima do 16.º posto.

Entre os objetivos definidos no documento contam-se também o aumento da pontuação dos resultados obtidos, o que significa alcançar mais de 40 pontos nas classificações até ao oitavo lugar, e o crescimento para 80% do rácio entre atletas apoiados e atletas selecionados para os Jogos Olímpicos Tóquio2020.

O contrato prevê ainda uma subida das modalidades representadas para 19 (contra 13 em Londres2012 e 16 no Rio2016), e um aumento da presença de atletas femininas, esperando-se que tenham um peso de pelo menos 40% entre os qualificados.

Para este ciclo estabelece-se também a «criação de apenas dois níveis de integração», designados Top Elite e Elite, em vez dos três anteriores, embora esteja previsto um nível de apoio às federações, para atletas não integrados com valor desportivo suscetível de qualificação para os Jogos.

No Top Elite são integrados atletas classificados de primeiro a 10.º em Jogos Olímpicos, de primeiro a oitavo em campeonatos do mundo, entre os três primeiros de campeonatos europeus (exceto em ano olímpico e dependendo de avaliação da competitividade europeia no contexto mundial) e entre os 10 primeiros do 'ranking' mundial, se a qualificação for feita por esta via.

No nível Elite cabem classificados entre 11.º e 16.º em Jogos Olímpicos (JO), de nono a 12.º em Mundiais (dependendo do modo de apuramento da classificação final de cada modalidade ou especialidade), de quarto a oitavo em Europeus (exceto em ano olímpico e também dependendo de avaliação da competitividade europeia no contexto mundial) e entre o 11.º e 20.º lugares do ranking mundial, se for este o modo de qualificação

O programa passa contemplar também uma «distinção nos atletas integrados (...) entre aqueles cujo objetivo passa por alcançar uma classificação de medalhado, finalista ou semifinalista e/ou equivalente e os restantes (...) com apoios distintos às federações desportivas para ambos».

Nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, Portugal só conquistou uma medalha, de bronze, por intermédio da judoca Telma Monteiro, que foi terceira na categoria de -57kg.