Fábio Magalhães assinalou as 150 internacionalizações de forma inesquecível, contribuindo para o apuramento inédito da seleção portuguesa de andebol para os Jogos Olímpicos. No final do encontro com a França, deste domingo, o atleta referiu que toda a equipa estava no braço direito de Rui Silva, que apontou o golo da vitória. Incluindo Alfredo Quintana, recentemente falecido.

«Nós, mais do que nunca, e pelos motivos óbvios, queríamos isto. A derrota com a Croácia foi uma tristeza enorme, mas esta vitória foi incrível. Começámos mal, mas fomos atrás do jogo até ao fim e foi muito bom. Mantivemos o coração quente e a cabeça fria, pois a nossa vontade era dedicar o apuramento ao Quintana e à família dele. No último lance estávamos todos no braço do Rui e o Quintana também. O Rui estava confiante e não falhou», referiu Fábio Magalhães, citado pela agência Lusa.

Uma declaração que remete, de certa forma, para a tatuagem que o autor do golo da vitória portuguesa tem no braço direito, revelada precisamente depois do jogo: uma imagem de Alfredo Quintana.

«É muito difícil pôr em palavras o que estamos a sentir. É um sonho ir aos Jogos Olímpicos. Até há uns anos era impensável estar a este nível, mas a prova disso é que estamos a batalhar com as melhores seleções e desta vez, com a França, a vitória caiu para nós. Este dia ficará marcado para sempre. É a concretização de um sonho enorme e agora vamos fazer os possíveis por merecer estar lá», acrescentou Fábio Magalhães.

Gustavo Capdeville rendeu Quintana na baliza lusa e respondeu à altura no torneio pré-olímpico.

«Estava concentrado desde o início do jogo. Sabia que era o tudo ou nada e sabia que se não era agora podia não ser nunca. A equipa reagiu bem e conseguimos alcançar o nosso objetivo. Toda a gente sabe da dificuldade desde apuramento», afirmou.