Sara Moreira falhou a conquista do primeiro título nacional de corta-mato devido a um engano que a levou a pensar que a prova, a decorrer na pista das Açoteias, em Albufeira, tinha terminado quando na verdade ainda faltava uma volta para o fim.

A atleta do Sporting controlou praticamente toda a prova e destacou-se da concorrência a meio do percurso de 10.070 metros. À entrada para a última volta, ergueu os braços, convencida de que tinha ganhou a prova. Sara Moreira foi, logo de seguida, alertada pelo juízes para o engano, sendo informada de que ainda havia uma volta por percorrer, mas já não conseguiu retomar a prova, desatando num choro compulsivo, como descreve a agência Lusa.

Após a prova, Sara Moreira alegou que ouviu a sineta à entrada para a volta anterior. Versão que foi desmentida pelo juízes.

Salomé Rocha acabou por ser a vencedora individual do corta-mato, com o tempo de 34.10 minutos. Dulce Félix e Mónica Silva (também do Benfica) completaram o pódio.

No setor masculinho, a prova foi ganha por Nélson Cruz, atleta veterano de 39 anos com nacionalidades portuguesa e cabo-verdiana e 100 por cento amador.

Nélson Cruz, que trabalha num supermercado no distrito de Setúbal, pertence ao Clube Pedro Pessoa e apanhou o autocarro para Albufeira às 06h00 da manhã. O atleta superiorizou-se à concorrência, terminando a corrida com um tempo de 30.39 minutos, menos cinco segundos do que o benfiquista Ricardo Ribas, que foi segundo.

Coletivamente, o Benfica ganhou por margem confortável no setor feminino (11 pontos, contra 27 do Sporting), enquanto no masculino tudo se decidiu nos metros finais, com a vitória do Sporting por três pontos (24, contra 27 do Benfica).