Masipa considera que o atleta atuou de forma negligente, explicando que Pistorius não poderia ser considerado culpado de premeditação ou intenção de matar. «Não se pode dizer que poderia prever que a falecida ou outra pessoa seria morta quando disparou contra a porta da casa de banho», disse.
Ainda assim, a juíza apontou que «uma pessoa razoável» não teria disparado os quatro tiros e que Pistorius atuou impulsivamente e «usou força excessiva», acrescentando que, «naquelas circunstâncias, é claro que a sua conduta foi negligente».
Pistorius enfrentava ainda mais três acusações, relacionadas com armas, e foi considerado culpado por disparos num restaurante.
Na África do Sul, a pena máxima para homicídio involuntário é de 15 anos, mas não existe uma pena mínima. Por isso, a sentença ficará ao critério da juíza. A segunda acusação de que foi considerado culpado, disparar arma de fogo num local público, prevê uma pena máxima de cinco anos.
No final da audiência em que revelou o veredicto, a juíza marcou a leitura da sentença para 13 de outubro, decidindo ainda que o atleta continuará em liberdade sob fiança até à altura em que ficar a conhecer a pena.
[atualizado, artigo original publicado às 9h35]
RELACIONADOS
Pistorius: juíza suspende leitura do veredicto
Caso Pistorius: juíza considera que não ficou provada premeditação
Pistorius: o espectáculo vai acabar
Pistorius não tem problemas psiquiátricos
Jornalista acusa Pistorius de ter aulas para fingir em tribunal
Pistorius: «Acordo e ainda sinto o cheiro a sangue»
«Inocente», diz Pistorius em tribunal
Oscar Pistorius formalmente acusado do homicídio da namorada