Lewis Hamilton admitiu esta quinta-feira juntar-se ao boicote às redes sociais que será levado a cabo por vários desportistas e várias entidades durante o fim de semana, em protesto contra os abusos online.

O carismático piloto da Mercedes admitiu que «pouco sabe» sobre a iniciativa, mas mostrou-se disponível para alinhar, «se isso ajudar a que se tomem medidas».

«Para mim, é claro que o racismo continua a ser uma questão em cima da mesa e acho que as redes sociais têm de fazer mais alguma coisa para o combater», afirmou, na conferência de imprensa prévia ao Grande Prémio de Portugal, citado pela Lusa.

«Se o facto de eu fazer alguma coisa ajudar a colocar pressão nessas plataformas para lutarem contra isso, então terei todo o gosto em fazê-lo», prosseguiu.

Hamilton confessou que foi várias vezes alvo de abuso nas redes sociais no passado: «Fui alvo de abuso há muito, muito tempo, quando era novo, quando lia os comentários nas redes sociais, como fazem muitos, de forma a conectar-me com as pessoas.»

«Tive de compreender que não é possível tudo o que ali está nem levar as coisas a peito. Se deixares que essas coisas te atinjam, podes acabar com o teu dia», defendeu.

Sobre o futuro, Lewis Hamilton revelou que quer continuar a correr na Fórmula 1 na próxima época, ele que esta semana testou os pneus Pirelli que serão usados no ano de 2022.

«Nunca me ofereço para este tipo de testes facultativos, terá sido uma das únicas vezes, e arrependi-me assim que acordei nesse dia», brincou, acrescentando depois: «Quero estar cá no próximo ano, e por isso decidi ajudar a Pirelli a ter um produto melhor.»

O heptacampeão mundial reconheceu que a luta que está a ter esta temporada com Max Verstappen, da Red Bull, o deixa aimado: «Sou muito espontâneo e posso mudar de ideias a qualquer altura [sobre a continuidade]. Mas estou a gostar da batalha que temos tido, tem-se tornado mais entusiasmante e desafiante e continuo a gostar de trabalhar com esta equipa.»