Nesta altura de confinamento a internet serve de escape a muitos, especialmente aqueles que podem praticar as suas atividades normais num simulador, em "competição" virtual.

É o exemplo dos pilotos que, sentados nos seus simuladores, vão colocando a prática em dia e não perdem a mão para o volante. 

Mas os riscos são muitos: que o diga Kyle Larson, que acabou despedido pela Chip Ganassi Racing, equipa da NASCAR, depois de um comentário racista que proferiu durante uma corrida eSports, o que acabou por chocar os responsáveis pela disciplina. Larson perdera a ligação de áudio durante a simulação e quando tentava perceber se os outros concorrentes o estariam a ouvir acabou por dizer o que não devia.

Ora, esta corrida estava a ser transmitida pela eNASCAR, pelo que toda a gente que estava a acompanhar a mesa ouviu o comentário racista de Kyle Larson que ainda foi avisado pelo também piloto Anthony Alfredo: “Kyle, estás a falar com toda a gente”, disse-lhe o colega de profissão.

O mal já estava feito: Kyle Larson ainda tentou um pedido de desculpas público na rede social twitter, mas não demoraram a ser conhecidos os efeitos da sua conversa no ciberespaço.

Em comunicado, a NASCAR referiu que Kyle Larson tinha infringido regras que proíbem quaisquer declarações públicas e/ou comunicações que «critiquem, ridicularizem ou depreciem outras pessoas com base na raça, cor, crença, nacionalidade, sexo, orientação sexual, estado civil, religião, idade ou condição física». Como consequência da atitude que teve Kyle Larsson, uma das mais promissoras estrelas da competição, foi suspenso indefinidamente.

Pior que a suspensão pela NASCAR foi o despedimento por parte da equipa à qual estava ligado, com a Chip Ganassi Racing a anunciar que Larson deixava de pertencer aos seus quadros: «Após longa ponderação a Chip Ganassi Racing Decidiu terminar a ligação com o piloto Kyle Larson. Como afirmámos antes, os comentários que o Kyle fez são, ao mesmo tempo, ofensivos e inaceitáveis dentro dos princípios da nossa organização.»

Kyle Larson, de 27 anos, representava a Chip Ganassi Racing desde 2014 e conta no seu currículo com seis vitórias na NASCAR Series e seis pole-positions e agora, foi inclusivamente abandonado pelos seus patrocinadores de longa data.