A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) oficializou esta terça-feira as transferências de nacionalidade autorizadas pelo seu Painel de Revisão da Nacionalidade, onde se inclui a do português Pedro Pablo Pichardo.

O português é, aliás, o único que tem uma cláusula de exceção, podendo apenas competir com a camisola de Portugal nas grandes competições a partir de 1 de agosto de 2019.

Natural de Santiago de Cuba, Pichardo naturalizou-se português em dezembro de 2017, depois de ser contratado pelo Benfica em abril do mesmo ano. Antes, a 4 de maio, Pichardo pulverizou o recorde nacional, que pertencia a Nélson Évora, ao saltar 17,95 em Doha, no Qatar.

Num total de 14 pedidos completos, a IAAF oficializou outras sete transferências de atletas, que podem competir desde já pelos novos países, sendo que quatro, como Pichardo, já haviam mudado de nacionalidade e esperavam a ratificação.

Na mesma situação do atleta do triplo salto nascido em Cuba, estavam Rai Benjamin, que muda de Antígua e Barbuda para os Estados Unidos, Mike Edwards, da Grã-Bretanha para a Nigéria, Patrick Ike Origa, da Nigéria para Espanha e Leon Reid, da Grã-Bretanha para Irlanda.

Por seu lado, mais três atletas são agora elegíveis para os novos países, casos de Haron Kiptoo Lagat (Quénia para Estados Unidos), Miranda Tcheutchoua (Camarões para Irlanda) e Weldu Negash Gebretsadik (Etiópia para Noruega).

Sublinhe-se que as novas regras exigem um período mínimo de espera de três anos antes que um atleta possa transferir-se para representar outra federação filiada e nenhum atleta pode transferir-se para outra federação antes dos 20 anos ou voltar a mudar de nacionalidade.

Atualmente, o Painel de Revisão de Nacionalidade é composto por Hiroshi Yokokawa, Geoff Gardner, Marton Gyulai e Rozle Prezelj, e novos membros serão nomeados para o painel em breve