O argentino Carlos Nicolía anunciou, esta quinta-feira, o fim da carreira profissional como atleta no hóquei em patins, depois de ter jogado no Benfica, nas últimas dez temporadas, de 2014 a 2024.

«Hoje fecho um ciclo na minha vida, sou um privilegiado na vida. Fiz o que amo durante 34 anos. Que mais posso pedir? Mais nada. Talvez não tenha ganho como muitos jogadores, talvez tenha perdido mais do que o que ganhei, mas ganhei momentos inesquecíveis, joguei nos melhores clubes do mundo e contra os melhores», começou por referir Nicolía, numa mensagem publicada ao início da tarde desta quinta-feira, na rede social Instagram.

«Cumpri o sonho de jogar na seleção do mais bonito país do mundo, mas nada mais me deixa orgulhoso do que ter mantido os valores da vida e do desporto que os meus velhotes me passaram desde menino e que tento dar aos meus filhos a cada dia. A lealdade: prometi a mim mesmo cumprir sonhos, mas sempre com o princípio de que não iria atrás da fama, do dinheiro e da conveniência, mas sim atrás da paixão e do amor pelo meu desporto, aprendendo a cada dia e lutando por estar no lugar em que era feliz», prosseguiu o argentino de 38 anos.

«Foram dez anos de amor no Valdagno, onde cresci como homem e desportista. Foram dez anos no melhor clube do mundo, de longe o maior de todos, o Benfica, onde senti que podia ganhar e ser o melhor em todos os sentidos. E foram muitos anos a vestir a camisola com que comecei e sonhei com este desporto: a da minha seleção», referiu ainda Nicolía, terminando a desfazer-se em agradecimentos ao hóquei, à mulher Celina – que perdeu a vida em 2014 – e a familiares, colegas e amigos.