Brett Favre é um dos grandes nomes da história do futebol americano. O ex-quarterback, vencedor de um Super Bowl, confessou agora que durante a segunda metade da década de 90 lutou contra a adição a analgésicos e que esteve na iminência de pôr termo à vida depois de em 1997 ter sido considerado, pelo terceiro ano consecutivo, o jogador mais valioso da época na NFL.

«Eu tinha duas coisas a fazer: morrer ou deitar os comprimidos pela sanita. Estive duas horas sentado na sanita e acabei por atirar os comprimidos fora pela sanita. «Depois, quis matar-me por ter feito isso. Não podia acreditar que tinha feito uma coisa dessas e estava tão zangado comigo porque não sabia o que fazer», disse num dos episódios de um podcast que mantém.

Favre explicou que adição a analgésicos começou em 1994 após ter sofrido uma lesão. Começou a tomar dois comprimidos por dia, quantidade que aumentou quando os colegas começaram a ajudá-lo a conseguir mais. «Cheguei a uma altura em que basicamente eu tomava em dois dias a prescrição para um mês.»

Em 1995, com 25 anos, Brett Favre chegou a ter duas convulsões devido ao uso abusivo de analgésicos, situação que o levou a admitir que precisava de ajuda e a submeter-se a um processo de reabilitação durante 75 dias. «Tremia com suores frios e quentes. Todas as noites, às 9 em ponto, tremia porque era a essa hora que eu tomava os comprimidos, independentemente de onde eu estivesse o do que estivesse a fazer.»