O português Carlos Ramos confirmou, após a final do Estoril Open deste domingo, entre Casper Ruud e Miomir Kecmanovic, o final da carreira como árbitro de cadeira de ténis.

Carlos Ramos, um dos árbitros de cadeira da elite mundial, foi o primeiro homenageado na cerimónia de entrega dos prémios, após a vitória de Casper Ruud, não escondendo a emoção e garantindo que foi a melhor forma e o melhor lugar para a despedida.

«Amo Portugal, amo o Estoril Open. O início da minha carreira começou em Lisboa, em Portugal, na outra versão do Estoril Open, na qual tu [ndr: dirige-se a João Zilhão, diretor do torneio] estiveste presente durante muitos anos. Era normal e óbvio que acabasse no Estoril Open. Acaba, é uma página que se vira, com imensa gratidão e humildade. O ténis e a arbitragem fizeram de mim a pessoa que sou e estou muito grato ao ténis, ao público português, aos amigos. Tenho vários amigos aqui. A minha mãe e a minha irmã estão lá em cima e é com imenso orgulho que tenho a presença deles hoje», referiu.

«Faz todo o sentido acabar a carreira aqui e agradeço às pessoas que tornaram isto possível. Digo-o com muita humildade e imenso prazer. Não podia ter sonhado com uma forma melhor de acabar a minha carreira de árbitro de cadeira e estou muito grato. Obrigado a todos, agora dou lugar aos jogadores, aos verdadeiros que jogaram esta final e que merecem estar no pódio. Obrigado», concluiu Carlos Ramos, que, ao longo da sua carreira, arbitrou as finais masculinas dos quatro principais torneios (Open da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Open dos Estados Unidos).

Carlos Ramos é mesmo – e apenas – um de dois árbitros a ter estado nas quatro principais finais do ténis. O outro foi Alison Hughes.

O experiente árbitro cinquentenário teve ainda marcado, na sua carreira, um tenso episódio com a tenista Serena Williams, na final do Open dos Estados Unidos em 2018.