A infância dura de Lance Armstrong foi decisiva para ser o campeão que é defende o padrasto, depois do antigo ciclista o ter acusado de lhe bater apenas «por uma gaveta ficar aberta».

«O Lance não seria o campeão que é hoje sem mim, porque eu tratei-o como um animal», argumentou Terry Armstrong no documentário da ESPN sobre a vida do norte-americano, citado pelo «The Guardian».

Durante o documentário, Armstrong confessa que falsificou a certidão de nascimento para participar num prova de triatlo para maiores de 16 anos.

«Falsifiquei o certificado, competi ilegalmente e ganhei a todos», relatou. 

Depois das acusações de doping que o afastaram do ciclismo e lhe retiraram os sete títulos de vencedor do Tour em 2013,  o norte-americano chegou a ser abordado por antigos fãs. O ex-corredor contou um episódio ocorrido recentemente.

«Quando a minha vida deu a volta que deu, disse a mim próprio que alguém se iria aproximar de mim e ofender-me onde quer que fosse o resto da minha vida. Passaram-se dias e ninguém me disse coisas desagradáveis. Passaram meses e nada. Só aconteceu passado cinco anos», contou antes de continuar.

«Um grupo de homens que estavam num bar viu-me e chamaram-me rei dos aldrabões. A pessoa que estava comigo aconselhou-me a entrar de novo no carro e a afastar-me quando já estava pronto para bater no primeiro que me insultou. Seria má ideia, como é óbvio. Como havia feito a maior parte da minha vida quando estava contrariado», acrescentou.

Armstrong decidiu assumir as despesas do grupo no bar onde nem sequer chegou a ir. Ligou para o bar, deu o número do cartão e em contrapartida fez apenas uma exigência.

«A minha única condição foi que dissessem que o Lance tinha tratado de tudo e enviava carinho, embora tenha noção que alguns vão criticar-me para sempre», concluiu.