A União Ciclista Internacional (UCI) vai utilizar, este fim de semana, numa prova WorldTour, um sistema de controlo por raio X que permite detetar a presença de motores nas bicicletas.

O objetivo é «proteger os corredores contra os rumores», numa tentativa de demonstrar que o pelotão internacional não utiliza o chamado ‘doping tecnológico’ para obter vantagens na estrada. «O papel da UCI é garantir a fiabilidade dos resultados, proteger os atletas, e protegê-los também contra os muitos rumores», disse em Genebra o presidente da UCI, David Lappartient.

Esta «solução inegável», que custou certa de 500 mil euros a desenvolver, permite ver a bicicleta por dentro e evita «que tenha de ser desmontada», referiu Jean-Christophe Péraud.

O objetivo é que chegue, depois a metade do calendário de estrada de elite, em provas espalhadas por 18 países, com outras técnicas e dispositivos em desenvolvimento para que as federações nacionais tenham «soluções mais baratas».

O ‘doping tecnológico’ não tem casos registados no ciclismo de estrada, mas primeira situação aconteceu com o belga Femke van den Driessche, que utilizou um motor escondido nos Mundiais de ciclocrosse e foi suspenso durante seis anos.