A Agência Mundial Antidopagem (AMA) concluiu o «fracasso total» da Associação das Federações Internacionais de Atletismo (IAAF) na luta contra o doping e a corrupção.

A segunda parte do relatório da Comissão Independente da AMA, apresentada esta quinta-feira em Munique, na Alemanha, considera que Lamine Diack, antigo presidente da IAAF, é o principal responsável por atos de corrupção e encobrimento de casos de doping.

A comissão, presidida por Dick Pound, antigo líder da AMA, já tinha apresentado a primeira parte das conclusões, que levaram à suspensão da Rússia de todas as competições de atletismo.

O relatório indica que «existiu um colapso total das estruturas diretivas e uma absoluta falta de responsabilidade», e denuncia a falta de vontade política para confrontar a Rússia com a verdadeira dimensão do problema do doping entre os seus atletas.

O documento lembra ainda que era impossível que os órgãos de direção da IAAF «não percebessem a dimensão do problema do doping e da violação de regras».

«Este é o tempo da IAAF fazer reformas», disse Dick Pound, reforçando que o atual presidente, Sebastian Coe, «é a pessoa certa para ajudar a IAAF a recuperar a sua reputação e credibilidade».

Recorde-se que a IAAF expulsou, no dia 7 de janeiro, três antigos dirigentes do organismo, suspeitos de envolvimento em atos de corrupção.